quinta-feira, 30 de maio de 2013

ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL



ESTRATIFICAÇÃO SOCIAL
A estratificação social indica a existência de diferenças, de desigualdades entre pessoas de uma determinada sociedade. Ela indica a existência de grupos de pessoas que ocupam posições diferentes. São três os principais tipos de estratificação social:
·         Estratificação econômica: baseada na posse de bens materiais, fazendo com que haja pessoas ricas, pobres e em situação intermediária;
·         Estratificação política: baseada na situação de mando na sociedade (grupos que têm e grupos que não têm poder);
·         Estratificação profissional: baseada nos diferentes graus de importância atribuídos a cada profissional pela sociedade. Por exemplo, em nossa sociedade valorizamos muito mais a profissão de advogado do que a profissão de pedreiro.
A estratificação social é a separação da sociedade em grupos de indivíduos que apresentam características parecidas, como por exemplo: negros, brancos, católicos, protestantes, homem, mulher, pobres, ricos, etc. A estratificação é fruto das desigualdades sociais, ou seja, existe estratificação porque existem desigualdades. Podemos perceber a desigualdade em diversas áreas:
·         Oportunidade de trabalho
·         Cultura / lazer
·         Acesso aos meios de informação
·         Acesso à educação
·         Gênero (homem / mulher)
·         Raça
·         Religião
·         Economia (rico / pobre)

Conceito: é a diferenciação de indivíduos e grupos em posições (status), estamentos ou classes, diferenciação esta feita de maneira hierárquica.
A estratificação social pode ser feita através de:
a) Castas: Um sistema de castas compõe-se de um número muito grande de grupos hereditários, os papeis das pessoas é determinado por sua ascendência, esse é um modelo de estratificação que não apresenta nenhuma possibilidade de mudança de posição social, por isso é chamado de fechado, a pessoa que pertence a uma casta só pode casar-se com um membro da mesma casta. Ex. A Índia a casta tinha caráter religioso.
b)Estamentos: Constitui uma forma de estratificação social com camadas sociais mais fechadas do que as classes e mais abertas do que as castas pó isso se diz que semi-aberto,são reconhecidos por lei e geralmente ligados ao conceito de honra, o prestigio é o que determina a posição da pessoa na sociedade. Ex.: Sociedade pré-capitalista.
c)Classes: Constitui uma forma de estratificação social onde a diferenciação dos individuo é feito de acordo com o poder aquisitivo, não há desigualdade de Direito, pois, a lei prevê que todos são iguais, independente de sua condição de nascimento, mas há uma desigualdade de fato, como é facilmente percebível por todos. Ex.: Sociedades Capitalistas.



TRABALHO:

Responda em forma de texto

1.    ENEM (2011) - O coronelismo, fenômeno político da Primeira República (1889-1930), tinha como uma de suas principais características o controle do voto, o que limitava, portanto, o exercício da cidadania. Nesse período, esta prática estava vinculada a uma estrutura social. Como essas características contribuíram para  a formação da atual sociedade brasileira?
2.    "Num grande número de investigações sobre estratificação se reconhece não somente uma escala de status individuais, mas também, a existência objetiva, hierarquizada, de uma série de categorias sociais mais ou menos homogêneas. Os indivíduos que integram essas categorias possuem em comum certos índices de estratificação, ou indicadores de posição social. Essas categorias ou agrupam ou são chamados  estratos ou camadas."  (STAVENHAGEN, R. Classes Sociais e Estratificação Social. In.: FORACHI, M. M.; MARTINS, J. S. Sociologia e Sociedade: Leituras de Introdução à Sociologia. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977. p. 283.)

Cite três indicadores e justifique por que podemos dizer que eles são responsáveis pela diferenciação social.


3.    Aficcionados por tecnologia misturam necessidade profissional com status social

Usuários são sempre os primeiros a comprar novo aparelho, serviço ou tecnologia


Pessoas que são as primeiras a adotar novidades (chamadas de early adopters, em inglês) estão sempre na frente de todo mundo quando o assunto é tecnologia, seja por uma necessidade profissional seja para manter seu status social.

Pode ser um aparelho, um serviço ou uma tecnologia: eles testam antes, aprovam ou reprovam e depois saem contando para o mundo o que acharam. São eles que dormem em fila nas lojas da Apple. E, na semana passada, eram eles que estavam atrás de convites para o recém-anunciado navegador RockMelt.
A publicitária Ana Paula Viana confessa que "tem um lado fútil de querer estar à frente, de ser uma das primeiras privilegiadas".

–  Mas, como trabalho com web marketing, tenho obrigação de estar por dentro das novidades e inovações tecnológicas, até para oferecer aos meus clientes um serviço de qualidade e inovador.
Ana Paula está no Gmail, no Foursquare e no Twitter desde o começo. Para ela, estar na vanguarda é uma mistura de necessidade profissional e manutenção de status social.
O empresário Nick Ellis, do blog Digital Drops, também é do tipo que guarda parte do salário para comprar produtos recém-lançados. Ele foi um dos primeiros brasileiros a ter a primeira geração do iPhone, quando o aparelho foi lançado nos EUA, em 2012.
– Agora estou atrás de um iPhone 5, mas está difícil de encontrar aqui.
Ellis reconhece que há desvantagens de ser sempre o primeiro.
– Você corre o risco de virar um testador de produtos (beta tester, em inglês) da empresa, descobrindo em primeira mão eventuais bugs e problemas nos aparelhos.
Para ele, ter os produtos antes de todo mundo era um hobby que acabou virando necessidade, por causa do trabalho.
– Meu critério é simples: estou atrás de produtos que representem uma grande inovação. Apesar de gostar de algumas marcas, não me prendo a elas e gosto de experimentar vários sistemas diferentes.
Publicitária de 22 anos, Alessandra Ferreira também tem como hobby o consumo de eletrônicos em primeira mão. Para ela, consumidores assim são importantes para a marca entender melhor o público para quem produz seus aparelhos.
– O 'early adopter' tem a função de dizer o que achou da marca e de compor uma estrutura melhor para o produto. Acaba tendo o papel de "ter primeiro", ser um cara bom de retorno (feedback, em inglês) e que compreende as falhas iniciais do produto. Posso formar opinião com base nas minhas experiências e, depois, trocar figurinhas com outros usuários. Ter acesso ao novo é impagável para quem gosta de aprender.
O pesquisador Eric Messa, professor de Comunicação e Marketing na ESPM, também é um "early adopter". Mas ele diz tentar seguir um caminho mais crítico.
– Por conta de uma observação crítica, consigo sustentar uma visão reflexiva sobre esses novos produtos e serviços. Não costumo me deixar levar pelo consumismo desenfreado.

Relacione o texto aos conceitos de estratificação social.


4.    Dê exemplos de sociedades baseadas nas castas, estamentos e classes sociais.

terça-feira, 30 de abril de 2013

ARTE EGÍPICIA



ARTE EGÍPICIA

Uma das principais civilizações da Antigüidade foi a que se desenvolveu no Egito. Era uma civilização já bastante complexa em sua organização social e riquíssima em suas realizações culturais.
A religião invadiu toda a vida egípcia, interpretando o universo, justificando sua organização social e política, determinando o papel de cada classe social e, conseqüentemente, orientando toda a produção artística desse povo.
Além de crer em deuses que poderiam interferir na história humana, os egípcios acreditavam também numa vida após a morte e achavam que essa vida era mais importante do que a que viviam no presente.
O fundamento ideológico da arte egípcia é a glorificação dos deuses e do rei defunto divinizado, para o qual se erguiam templos funerários e túmulos grandiosos.

ARQUITETURA

As pirâmides do deserto de Gizé são as obras arquitetônicas mais famosas e, foram construídas por importantes reis do Antigo Império: Quéops, Quéfren e Miquerinos. Junto a essas três pirâmides está a esfinge mais conhecida do Egito, que representa o faraó Quéfren, mas a ação erosiva do vento e das areias do deserto deram-lhe, ao longo dos séculos, um aspecto enigmático e misterioso.

As características gerais da arquitetura egípcia são:
* solidez e durabilidade;
* sentimento de eternidade; e
* aspecto misterioso e impenetrável.

As pirâmides tinham base quandrangular eram feitas com pedras que pesavam cerca de vinte toneladas e mediam dez metros de largura, além de serem admiravelmente lapidadas. A porta da frente da pirâmide voltava-se para a estrela polar, a fim de que seu influxo se concentrasse sobre a múmia. O interior era um verdadeiro labirinto que ia dar na câmara funerária, local onde estava a múmia do faraó e seus pertences.

Os templos mais significativos são: Carnac e Luxor, ambos dedicados ao deus Amon.
Os monumentos mais expressivos da arte egípcia são os túmulos e os templos. Divididos em três categorias:
Pirâmide - túmulo real, destinado ao faraó;
Mastaba - túmulo para a nobreza; e
Hipogeu - túmulo destinado à gente do povo.

Os tipos de colunas dos templos egípcios são divididas conforme seu capitel:
Palmiforme - flores de palmeira;
Papiriforme - flores de papiro; e
Lotiforme - flor de lótus.

Para seu conhecimento
Esfinge: representa corpo de leão (força) e cabeça humana (sabedoria). Eram colocadas na alameda de entrada do templo para afastar os maus espíritos.
Obelisco: eram colocados à frente dos templos para materializar a luz solar.


ESCULTURA

Os escultores egípcios representavam os faraós e os deuses em posição serena, quase sempre de frente, sem demonstrar nenhuma emoção. Pretendiam com isso traduzir, na pedra, uma ilusão de imortalidade. Com esse objetivo ainda, exageravam freqüentemente as proporções do corpo humano, dando às figuras representadas uma impressão de força e de majestade.
Os Usciabtis eram figuras funerárias em miniatura, geralmente esmaltadas de azul e verde, destinadas a substituir o faraó morto nos trabalhos mais ingratos no além, muitas vezes coberto de inscrições.
Os baixos-relevos egípcios, que eram quase sempre pintados, foram também expressão da qualidade superior atingida pelos artistas em seu trabalho. Recobriam colunas e paredes, dando um encanto todo especial às construções. Os próprios hieróglifos eram transcritos, muitas vezes, em baixo-relevo.

PINTURA

A decoração colorida era um poderoso elemento de complementação das atitudes religiosas.

Suas características gerais são:
* ausência de três dimensões;
* ignorância da profundidade;
* colorido a tinta lisa, sem claro-escuro e sem indicação do relevo; e
* Lei da Frontalidade que determinava que o tronco da pessoa fosse representado sempre de frente, enquanto sua cabeça, suas pernas e seus pés eram vistos de perfil.

Quanto a hierarquia na pintura: eram representadas maiores as pessoas com maior importância no reino, ou seja, nesta ordem de grandeza: o rei, a mulher do rei, o sacerdote, os soldados e o povo. As figuras femininas eram pintadas em ocre, enquanto que as masculinas pintadas de vermelho.

Os egípcios escreviam usando desenhos, não utilizavam letras como nós. Desenvolveram três formas de escrita:
Hieróglifos - considerados a escrita sagrada;
Hierática - uma escrita mais simples, utilizada pela nobreza e pelos sacerdotes; e
Demótica - a escrita popular.

Livro dos Mortos, ou seja um rolo de papiro com rituais funerários que era posto no sarcófago do faraó morto, era ilustrado com cenas muito vivas, que acompanham o texto com singular eficácia. Formado de tramas de fibras do tronco de papiro, as quais eram batidas e prensadas transformando-se em folhas.


Para seu conhecimento
Hieróglifos: foi decifrada por Champolion, que descobriu o seu significado em 1822, ela se deu na Pedra de Rosetta que foi encontrada na cidade do mesmo nome no Delta do Nilo.
Mumificação: a) eram retirados o cérebro, os intestinos e outros órgãos vitais, e colocados num vaso de pedra chamado Canopo. b) nas cavidades do corpo eram colocadas resinas aromáticas e perfumes. c) as incisões eram costuradas e o corpo mergulhado num tanque com Nitrato de Potássio. d) Após 70 dias o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, embebida em betume, que servia como impermeabilização.

Quando a Grande Barragem de Assuã foi concluída, em 1970, dezenas de construções antigas do sul do país foram, literalmente, por água abaixo, engolidas pelo Lago Nasser. Entre as raras exceções desse drama do deserto, estão os templos erguidos pelo faraó Ramsés II, em Abu Simbel. Em 1964, uma faraônica operação coordenada pela Unesco com recursos de vários países - um total de 40 milhões de dólares - removeu pedra por pedra e transferiu templos e estátuas para um local 61 metros acima da posição original, longe da margem do lago. O maior deles é o Grande Templo de Ramsés II, encravado na montanha de pedra com suas estátuas do faraó de 20 metros de altura. Além de salvar este valioso patrimônio, a obra prestou uma homenagem ao mais famoso e empreendedor de todos os faraós.
Queóps é a maior das três pirâmides, tinha originalmente 146 metros de altura, um prédio de 48 andares. Nove metros já se foram, graças principalmente à ação corrosiva da poluição vinda do Cairo. Para erguê-la, foram precisos cerca de 2 milhões de blocos de pedras e o trabalho de cem mil homens, durante vinte anos.

terça-feira, 9 de abril de 2013

QUESTÕES DE REVOLUÇÃO INGLESA



1 - (UNIFOR– 1998) Analise os textos abaixo.
 
I.          "...ela foi um compromisso entre a burguesia (...) e os grandes proprietários rurais. As massas não tomaram parte na sua execução..."
II.         "ela levou ao poder os aliados burgueses e latifundiários. As terras da Coroa e da Igreja foram apropriadas pelas duas classes aliadas. Esta nova aristocracia promoveu uma legislação para garantir o desenvolvimento do comércio, a expansão da agricultura moderna e a ampliação da oferta de mão-de-obra para as manufaturas e indústrias..."
III.        "O poder do rei foi limitado pelo poder do Parlamento. A burguesia, aliada dos proprietários rurais, passou a exercer diretamente o poder político através do Parlamento".
 
Eles identificam
 
a)       as conseqüências da Revolução Francesa.
b)       os resultados da Revolução Americana.
c)       a importância da Revolução Industrial.
d)       os fatores da Revolução Comercial.
e)       o significado da Revolução Gloriosa.  
 
2 - (PUC – MG - 1998) Vários são os modelos de Revolução Burguesa, que ocorreram na Europa entre os séculos XVII e XIX, no entanto, elas têm como ponto comum:
 
a)       a total ruptura dos padrões do Antigo Regime.
b)       a intensa participação das camadas populares.
c)       a instalação do regime republicano parlamentar.
d)       o fim dos regimes monárquicos absolutistas.  
e)       o reconhecimento da igualdade social e civil.
 
3 - (PUC – MG - 1998) A Revolução Inglesa do século XVII insere-se no quadro das revoluções burguesas, porque:
 
a)       submete a nobreza rural ao domínio burguês.
b)       libera as corporações de ofício do controle estatal.
c)       inaugura a expansão colonial da Inglaterra.
d)       reconhece os direitos civis dos homens.
e)       rompe os obstáculos à expansão do capitalismo.  
 
4 - (PUC – RJ - 1999) Leia o testemunho de Baxter, puritano inglês:
"Uma grande parte dos cavaleiros e gentil-homens de Inglaterra (...) aderira ao rei [Carlos I, 1625-1649]. (...) Do lado do Parlamento estavam uma pequena parte da pequena nobreza de muitos dos condados e a maior parte dos comerciantes e proprietários, especialmente nas corporações e condados dependentes do fabrico de tecidos e de manufaturas desse tipo. (...) Os proprietários e comerciantes são a força da religião e do civismo no país; e os gentil-homens, os pedintes e os arrendatários servis são a força da iniquidade."
(Adaptado de: Christopher Hill. A Revolução Inglesa de 1640.)
O testemunho acima ilustra, em parte, as polarizações sociais e políticas que caracterizaram a Revolução Puritana, na Inglaterra, entre 1642 e 1649.
Dentre as afirmativas abaixo, assinale a única que NÃO apresenta de modo correto uma característica dessa revolução:
 
a)       Dela resultou o enfraquecimento do poder do soberano, contribuindo para a afirmação das prerrogativas e interesses dos grupos que apoiavam o fortalecimento das atribuições do Parlamento.
b)       Ela inseriu-se no conjunto de conflitos civis europeus, da primeira metade do século XVII, marcadamente caracterizados pela superposição entre identidade política e identidade religiosa.
c)       Ela ocasionou uma sangrenta guerra civil, estimuladora, entre outros aspectos, da proliferação de seitas não-conformistas, profundamente condenadas e reprimidas pelos puritanos mais moderados.
d)       Ela estimulou a crescente aplicação de concepções liberais, defendidas em especial pelos comerciantes, particularmente no que se referia às relações mercantis com os colonos da América.  
e)       Ela representou um dos primeiros grandes abalos nas práticas do absolutismo monárquico na Europa, simbolizado não só pelo julgamento, mas, principalmente, pela decapitação do monarca Carlos I.
 
5. Na guerra civil as forças sociais se aglutinaram em dois blocos. Eram eles:
 
a)      o exército real, que reunia o clero anglicano e os camponeses, contra o exército do Parlamento, apoiado pela nobreza e artesãos.
b)      o exército real, que reunia a nobreza e o clero anglicano e os católicos, em oposição ao exército do Parlamento, liderado por presbiterianos e posteriormente por puritanos. 
c)      os presbiterianos, partidários da monarquia, e, de outro lado, os puritanos, republicanos.
d)      irlandeses e escoceses contra Carlos I, na tentativa de conseguirem sua independência.
e)      o partido dos grandes latifundiários contra os adeptos da República.
 
6 - (FUVEST – 1996) No século XVII, a Inglaterra conheceu convulsões revolucionárias que culminaram com a execução de um rei (1649) e a deposição de outro (1688). Apesar das transformações significativas terem se verificado na primeira fase, sob Oliver Cromwell, foi o período final que ficou conhecido como "Revolução Gloriosa". Isto se explica porque
 
a)       em 1688, a Inglaterra passara a controlar totalmente o comércio mundial tornando-se a potência mais rica da Europa.
b)       auxiliada pela Holanda, a Inglaterra conseguiu conter em 1688 forças contra-revolucionárias que, no continente, ameaçavam as conquistas de Cromwell.
c)       mais que a violência da década de 1640, com suas execuções, a tradição liberal inglesa desejou celebrar a nova monarquia parlamentar consolidada em 1688.  
d)       as forças radicais do movimento, como Cavadores e Niveladores, que assumiram o controle do governo, foram destituídas em 1688 por Guilherme de Orange.
e)       só então se estabeleceu um pacto entre a aristocracia e a burguesia, anulando-se as aspirações políticas da "gentry".
 
7 - (UFRN - 2000) “Os Cabeças Redondas (round-heads) receberam esse nome pelo corte de cabelo que usavam: curto, de forma arredondada, desprezando a moda corrente dos cabelos longos entre os membros da corte... A partir das vitórias militares sobre os Cavaleiros, conseguiram a rendição do rei em 1646. Entretanto, Carlos I reorganizou seus soldados e recomeçou a guerra, sendo derrotado definitivamente pelos Cabeças Redondas de Cromwell. Preso, Carlos I foi julgado pela Alta Corte de Justiça a mando do Parlamento, sendo condenado à morte. Em janeiro de 1649 o rei foi decapitado em frente ao palácio de Whitehall, em Londres.”
HILL, C. O eleito de Deus: Oliver Cromwell e a Revolução Inglesa. São Paulo: Companhia das Letras, 1988. p. 179.
 
Com relação aos fatos citados no texto acima, é correto afirmar que
 
a)       o Parlamento, ao executar o rei, atacava um princípio central do Estado Absolutista, que era a idéia da origem divina do poder real e de sua incontestável autoridade.  
b)       os Cabeças Redondas defendiam não apenas a extinção do regime monárquico como também a luta armada contra nações que tivessem esse regime.
c)       a Revolução Inglesa questionava a legitimidade do Antigo Regime Monárquico e desencadeou uma série de revoluções, pondo fim ao Estado Moderno na Europa.
d)       a Revolução Inglesa estava afinada com os interesses da nascente burguesia, mantendo alguns privilégios da nobreza, ligada à Igreja Anglicana.
 
8. (FESP) “1. Que o pretenso direito da autoridade real de suspender as leis ou a sua execução  é ilegal;”
 
O trecho acima apresenta um item da Declaração dos direitos assinada pelo rei Guilherme III, em 1689, pondo fim à Revolução Inglesa que subordinou os reis da Inglaterra às decisões do Parlamento.
 
Essa Revolução teve em sua origem:
 
1. o crescimento acelerado de grupos que participavam do comércio marítimo e da produção rural sem o devido apoio por parte da monarquia;
2. 0 pacto entre parcelas da burguesia e da nobreza cujos interesses se encontravam nas atividades comerciais;
3. as tensões sociais provocadas pela eliminação do antigo modo de produção artesanal e o favorecimento do avanço dos cercamentos;
4. a diminuição das brigas religiosas com os grupos calvinista. e católicos se aliando ao rei anglicano, contra a aristocracia;
5.         a formação de lideranças vindas das massas populares que conseguiram se aliar à burguesia contra o absolutismo real;
 
Indique a opção correta:
 
a)      1,3e5
b)      2,4 e 5
c)      1,2e3 
d)      3,4 e 5
e)      1,4 e 5
 
9. (FESP) A guerra civil inglesa, de 1642 a 1649, trouxe divisões políticas marcantes para a sociedade inglesa. Aparentemente, tratava-se de um conflito religioso. Podemos afirmar que:
 
a)      a burguesia teve grandes triunfos, pois se colocou ao lado dos católicos, que negavam obediência ao rei.
b)      com a chegada de Cromwell ao poder, a nobreza foi favorecida.
c)      a burguesia foi beneficiada politicamente pela guerra civil. 
d)      calvinistas e anglicanos juntaram-se para derrotar o poderio da Igreja Católica.
e)      não foi um movimento importante para entender as mudanças na organização política inglesa
 
10. (CESGRANRIO) Durante o século XVII, ocorreram diversas transformações políticas e econômicas na Inglaterra, que a consolidaram como uma potência de projeção mundial nos séculos seguintes. Marque a opção que apresenta corretamente um dos fatores que se encontra na origem dessa posição preponderante.
 
a)      Instituição do Ato de Supremacia, que criou a Comunidade Britânica (Commonwealth), por Henrique VIII.
b)      Restauração do Absolutismo inglês e sua política expansionista com a dissolução do Parlamento controlado pela nobreza conservadora, por Carlos II.
c)      Declaração do Ato de Tolerância, que instituiu o catolicismo como religião oficial, encerrando as guerras religiosas, por Guilherme III.
d)      Extinção da monarquia parlamentar constitucional com a vitória dos segmentos liberais e burgueses na Revolução Gloriosa.
e)      Promulgação dos Atos de Navegação durante a República Puritana liderada por Oliver Cromwell. 
 
11.       Carlos I é derrotado definitivamente em 1649. Nesse ano Cromwell instaura:
 
a)      a monarquia constitucional. b)      a República 
c)      um governo popular.
d)      a monarquia parlamentar.
e)      a monarquia absolutista.
 
12. (PUC-SP) Em 1651, Oliver Cromwell estabeleceu uma série de medidas que retratavam o espírito de uma política nacionalista e da prática mercantilista da época. Essas medidas se concretizaram:
 
a)      no Habeas-Corpus, que protegia o cidadão inglês contra as prisões arbitrárias, podendo responder ao processo, caso tosse a julgamento, em liberdade, sob fiança.
b)      na Petição dos Direitos, que limitava as prerrogativas absolutistas de Carlos 1 e aumentava a perseguição aos puritanos.
c)      nos Atos de Navegação, que estabeleciam que toda mercadoria importada pela Inglaterra só poderia ser transportada por navios ingleses ou por navio do país de origem da mercadoria. 
d)      no Princípio de Igualdade, que existiria na relação contratual entre governantes e governados limitados por uma constituição.
e)      nas Cartas Inglesas, que defendiam que qualquer restrição era totalmente destituí­da de sentido de liberdade de pensamento ou de expressão comercial.
 
13 - (FGV – CGA – 1998) - A Declaração de Direitos de 1689 (Inglaterra) é o(a):
 
a)       documento que legitima o poder absoluto da monarquia após a Revolução Gloriosa;
b)       base jurídica da República Puritana do governo Cromwell;
c)       estopim do conflito que leva a Inglaterra à guerra civil;
d)       documento que instaura a subordinação do rei ao Parlamento;  
e)       documento fundador da curtíssima experiência republicana inglesa após a Revolução Gloriosa.
 
14 - (PUC – MG - 1998) Tanto na Revolução Inglesa do século XVII, como na Francesa de 1789, os reis têm suas cabeças cortadas. No imaginário dessas revoluções burguesas, tal fato significa que:
 
a)       a monarquia fere o espírito liberal.
b)       a riqueza determina o controle do poder.
c)       a morte do rei representa a libertação.  
d)       o povo deve escolher o seu governo.
e)       o poder popular alcança sua plenitude.
 
15 - (PUC – MG - 1999) A Revolução Gloriosa de 1688, ocorrida na Inglaterra, resultou:
 
a)       no fim da ditadura de Oliver Cromwell.
b)       na supremacia política do Parlamento.  
c)       na supressão dos direitos da aristocracia.
d)       na separação entre a Igreja e o Estado.
e)       no aumento da intolerância religiosa.
 
16 - (UFJF – 2000) "Ao quebrar o poder do rei, a Guerra Civil varreu a principal barreira que impedia os senhores rurais de praticar o enclousure e, simultaneamente, preparou a Inglaterra para ser governada por uma ‘comissão de senhores rurais’ (...) designação pouco lisonjeira para o parlamento (...)"(Barrington Moore Jr. Origens sociais da ditadura e da democracia.)
Quanto aos reflexos da Revolução Inglesa, assinale a alternativa INCORRETA:
 
a)      possibilitou as condições para a instalação do capitalismo, ao intensificar os cercamentos e a proletarização do campesinato;
b)      limitou o poder monárquico, permitindo a ascensão da burguesia e setores da gentry através do Parlamento;
c)      estimulou a acumulação de capitais que levaria à eclosão da Revolução Industrial;
d)      refletiu a expansão da Contra-Reforma na Inglaterra, consolidando o poder da Igreja Católica vinculada ao Parlamento.  
 
17 - (UFPB - 1995) As revoluções e as reformas políticas européias nos séculos XVII e XVIII são significativas no contexto ocidental. Elas marcam a
 
a)    transição de sociedades de castas para sociedades rigidamente hierarquizadas em padrões monetários.
b)   dissolução do mundo burguês e desenvolvimento da cultura e sociedade modernas.
c)    ruptura da tradição judaico-cristã e emergência das concepções protestantes da vida e das formas de produção.
d)   transição de sociedades estamental-feudais para sociedades capitalistas e liberal-burguesas. 
e)    destruição das práticas mercantilistas e instauração da ordem capitalista-monopolista
 
18 - (UFSCAR– 2000) As revoluções contra o poder absolutista dos reis atravessaram grande parte da história moderna da Europa. Houve, no entanto, diferenças entre as revoluções francesa e inglesa. Assinale a alternativa correta.
 
a)       Na França, a oposição ao absolutismo implicou, ao contrário do que ocorreu na Inglaterra, o estabelecimento de um regime republicano, mesmo que passageiro.
b)       A revolução inglesa, diferentemente da francesa, reivindicou os direitos do Parlamento contra o arbítrio real, expressos por documentos escritos que remontavam à Idade Média.  
c)       A revolução inglesa, ao contrário da francesa, contou com o apoio popular na luta contra os reis absolutistas, desvinculando-se de disputas entre facções religiosas.
d)       A luta contra o absolutismo na França distinguiu-se do processo que se desenvolveu na Inglaterra pela violência e execução do monarca absolutista.
e)       A revolução francesa removeu os obstáculos impostos à economia pelo antigo regime, industrializando o país no século XVIII; na Inglaterra, ao contrário, a revolução conteve o crescimento econômico
 
19 - (PUC - RS – 1998) No século XVII, enquanto triunfa o absolutismo na França, a Inglaterra torna-se palco de disputas pelo poder entre a monarquia e a burguesia. Após a Revolução Gloriosa de 1688-89, assume o trono inglês Guilherme de Orange (Guilherme III), que assina a Declaração dos Direitos dos cidadãos  denominada “Bill of Rights”, estabelecendo
 
a)       a monarquia constitucional.  
b)       a restauração do absolutismo monárquico.
c)       o direito divino dos reis de governar.
d)       o regime republicano de governo.
e)       o retorno da Dinastia dos Tudors ao poder.
 
20 - (PUC - SP) A Revolução Gloriosa de 1688, na Inglaterra, assinala:
 
a)      o reconhecimento do poder real sobre as conquistas da burguesia agrária.
b)      a proibição do poder da nobreza sobre o Terceiro Estado.
c)      a vitória da política de conciliação entre as classes proposta por Cromwell.
d)      a proibição ao rei de lançar impostos sem a permissão do parlamento.
e)      o restabelecimento da liberdade religiosa para os católicos.
 
21 - (FGV – CGA – 1998) A Revolução Gloriosa de 1688, na Inglaterra, teve como desfecho a assinatura da Declaração de Direitos por Guilherme de Orange. As medidas abaixo fazem parte do conteúdo da Declaração, com exceção de:
 
a)       a orientação religiosa do rei poderia ser católica ou protestante;  
b)       os impostos só poderiam ser aumentados ou criados com a aprovação do Parlamento;
c)       garantia do direito de expressão dos membros do Parlamento;
d)       o rei não poderia impedir que as leis aprovadas pelo Parlamento entrassem em vigor;
e)       ilegalidade da manutenção de um exército permanente mobilizado em tempo de paz.
 
GABARITO:
1 – E / 2 – D / 3 – E / 4 – D / 5 – B / 6 – C / 7 – A / 8 – C / 9 – C / 10 – E / 11 – B / 12 – C / 13 – D / 14 – C / 15 – B / 16 – D / 17 – D / 18 – B / 19 – A / 20 – D / 21 – A