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O "contador de mortos" de Recife (www.pebodycount.com.br)

Le monde - Jean-Pierre Langellier Em pleno coração de Recife, a grande cidade do Nordeste brasileiro, no cruzamento das ruas Joaquim Nabuco com Guilherme Pinto, o "contador de mortos" chama a atenção de motoristas e pedestres. Mas esse grande mostrador circular não tem nada a ver com os estragos da insegurança das estradas. Seus números contam os homicídios cometidos no Estado de Pernambuco, cuja capital é Recife. São 149 mortos só no mês de setembro, que ainda não acabou. Apesar da aprovação do Estatuto do Desarmamento, a violência no Brasil dificilmente vai diminuir, a não ser que haja uma reforma na polícia, diz um relatório da Anistia Internacional, divulgado em fevereiro de 2009. A) Intitulado Armas e Mortes, o relatório se propõe a discutir o que os governos poderiam fazer para controlar as armas de fogo, onde a polícia tenha que recorrer à força excessiva. B) O relatório diz que, no Brasil, a polícia tem muitas chances de controlar a proliferação de armas em centros urbanos, impedindo a perpetuação do ciclo de violência. C) Segundo o ministério da Saúde, apenas 20 mil brasileiros foram mortos por armas de fogo na última década. D) As convenções internacionais que regulam o uso de força policial determinam que ela deve estar preparada para agir à violência praticada pelos fora-da-lei com muita violência, visando inibir as ações. E) As polícias em todo o mundo enfrentam pressão para conter os índices cada vez maiores de criminalidade, mas, diz o relatório, vários países tentam compensar a falta de equipamento e treinamento com uma postura mais agressiva, entre eles o Brasil.