quinta-feira, 28 de abril de 2011

QUESTÃO DE SOCIOLOGIA DA SEMANA


Considera-se que a divisão social do trabalho:
I. depende da distribuição de tarefas entre os indivíduos ou agrupamentos sociais, de acordo com a posição que cada um deles ocupa na estrutura social e nas relações de propriedade.
II. reproduz-se nas empresas através da divisão técnica das tarefas que se fundamenta tanto na necessidade de elevar a produtividade como de manter relações de hierarquia.
III. deve-se ao interesse mútuo de setores diversos.
IV. relaciona-se aos meios de produção e ao acaso na distribuição dos produtores de mercadorias.

Quanto às assertivas acima podemos dizer:

a) todas as assertivas são falsas.
b) todas as assertivas são corretas.
c) somente são corretas a I e a III.
d) somente a I é correta.
e) somente a II é incorreta.

resp.: b

quarta-feira, 27 de abril de 2011

IMPRESSIONISMO




O Impressionismo foi um movimento artístico que revolucionou profundamente a pintura e deu início às grandes tendências da arte do século XX. Havia algumas considerações gerais, muito mais práticas do que teóricas, que os artistas seguiam em seus procedimentos técnicos para obter os resultados que caracterizaram a pintura impressionista.
Principais características da pintura:
* A pintura deve registrar as tonalidades que os objetos adquirem ao refletir a luz solar num determinado momento, pois as cores da natureza se modificam constantemente, dependendo da incidência da luz do sol.
* As figuras não devem ter contornos nítidos, pois a linha é uma abstração do ser humano para representar imagens.
* As sombras devem ser luminosas e coloridas, tal como é a impressão visual que nos causam, e não escuras ou pretas, como os pintores costumavam representá-las no passado.
* Os contrastes de luz e sombra devem ser obtidos de acordo com a lei das cores complementares. Assim, um amarelo próximo a um violeta produz uma impressão de luz e de sombra muito mais real do que o claro-escuro tão valorizado pelos pintores barrocos.
* As cores e tonalidades não devem ser obtidas pela mistura das tintas na paleta do pintor. Pelo contrário, devem ser puras e dissociadas nos quadros em pequenas pinceladas. É o observador que, ao admirar a pintura, combina as várias cores, obtendo o resultado final. A mistura deixa, portanto, de ser técnica para se óptica.

A primeira vez que o público teve contato com a obra dos impressionistas foi numa exposição coletiva realizada em Paris, em abril de 1874. Mas o público e a crítica reagiram muito mal ao novo movimento, pois ainda se mantinham fiéis aos princípios acadêmicos da pintura.

Principais artistas:

Claude Monet - incessante pesquisador da luz e seus efeitos, pintou vários motivos em diversas horas do dia, afim de estudar as mutações coloridas do ambiente com sua luminosidade.
Obras Destacadas: Mulheres no Jardim e a Catedral de Rouen em Pleno Sol.


Auguste Renoir - foi o pintor impressionista que ganhou maior popularidade e chegou mesmo a ter o reconhecimento da crítica, ainda em vida. Seus quadros manifestam otimismo, alegria e a intensa movimentação da vida parisiense do fim do século XIX. Pintou o corpo feminino com formas puras e isentas de erotismo e sensualidade, preferia os nus ao ar livre, as composições com personagens do cotidiano, os retratos e as naturezas mortas.
Obras Destacadas: Baile do Moulin de la Galette e La Grenouillière.

Edgar Degas - sua formação acadêmica e sua admiração por Ingres fizeram com que valorizasse o desenho e não apenas a cor, que era a grande paixão do Impressionismo. Além disso, foi pintor de poucas paisagens e cenas ao ar livre. Os ambientes de seus quadros são interiores e a luz é artificial. Sua grande preocupação era flagrar um instante da vida das pessoas, aprender um momento do movimento de um corpo ou da expressão de um rosto. Adorava o teatro de bailados.
Obra Destacada: O Ensaio.


Seurat - Mestre no pontilhismo. Obra Destacada: Tarde de Domingo na Ilha Grande Jatte.


No Brasil, destaca-se o pintor Eliseu Visconti, ele já não se preocupa mais em imitar modelos clássicos; procura, decididamente, registrar os efeitos da luz solar nos objetivos e seres humanos que retrata em suas telas. Ganhou uma viagem à Europa, onde teve contato com a obra dos impressionistas. A influência que recebeu desses artistas foi tão grande que ele é considerado o maior representante dessa tendência na pintura brasileira.
Obra destacadas são: Trigal e Maternidade.


Para seu conhecimento
- O quadro Mulheres no Jardim, de Monet, foi pintado totalmente ao ar livre e sempre com a luz do sol. São cenas do jardim da casa do artista.
- O movimento impressionista foi idealizado nas reuniões com seus principais pintores e elas aconteciam no estúdio fotográfico de Nadar, na Rue de Capucines, Paris.

domingo, 24 de abril de 2011

QUESTÃO DE HISTÓRIA DA SEMANA


Leia o testemunho de Baxter, puritano inglês:
"Uma grande parte dos cavaleiros e gentil-homens de Inglaterra (...) aderira ao rei [Carlos I, 1625-1649]. (...) Do lado do Parlamento estavam uma pequena parte da pequena nobreza de muitos dos condados e a maior parte dos comerciantes e proprietários, especialmente nas corporações e condados dependentes do fabrico de tecidos e de manufaturas desse tipo. (...) Os proprietários e comerciantes são a força da religião e do civismo no país; e os gentil-homens, os pedintes e os arrendatários servis são a força da iniquidade."
(Adaptado de: Christopher Hill. A Revolução Inglesa de 1640.)
O testemunho acima ilustra, em parte, as polarizações sociais e políticas que caracterizaram a Revolução Puritana, na Inglaterra, entre 1642 e 1649.
Dentre as afirmativas abaixo, assinale a única que NÃO apresenta de modo correto uma característica dessa revolução:

a) Dela resultou o enfraquecimento do poder do soberano, contribuindo para a afirmação das prerrogativas e interesses dos grupos que apoiavam o fortalecimento das atribuições do Parlamento.
b) Ela inseriu-se no conjunto de conflitos civis europeus, da primeira metade do século XVII, marcadamente caracterizados pela superposição entre identidade política e identidade religiosa.
c) Ela ocasionou uma sangrenta guerra civil, estimuladora, entre outros aspectos, da proliferação de seitas não-conformistas, profundamente condenadas e reprimidas pelos puritanos mais moderados.
d) Ela estimulou a crescente aplicação de concepções liberais, defendidas em especial pelos comerciantes, particularmente no que se referia às relações mercantis com os colonos da América.
e) Ela representou um dos primeiros grandes abalos nas práticas do absolutismo monárquico na Europa, simbolizado não só pelo julgamento, mas, principalmente, pela decapitação do monarca Carlos I.

resp.:d

SÃO BENTO - GABARITO DOS 2 º ANOS



2ª AV

1 - D
2 - B
3 - E
4 - D
5 - A

sexta-feira, 22 de abril de 2011

O SENTIDO DA PÁSCOA ( TEXTO DE 2001)




A palavra PÁSCOA significa "passagem", tanto para os judeus quanto para os Cristãos.

No sentido Judaico, a Páscoa (Êxodo 12:18,19; 13:3-10) é a comemoração da saída do povo de Israel da escravidão do Egito. Começa no décimo quarto, à tarde- isto é, no princípio de décimo quinto dia de Abide ou Nisã, com a refeição sacrificial, quando um cordeiro ou um cabrito inteiro era assado e comido pelos membros duma família com ervas amargas e pães ázimos (sem fermento); nessa ocasião o chefe da família contava a história da redenção do Egito. Os sacrifícios significavam expiação e dedicação; as ervas amargas faziam lembrar da amargura da servidão egípcia; os pães ázimos simbolizavam a pureza (Lev.2:11).

Para os cristãos (católicos e protestantes) a Páscoa simboliza a morte vicária (substitutiva, ou seja, Jesus morreu em nosso lugar para nossa redenção) de Cristo, bem como a promessa de ressurreição e 2a vinda (parousia). Segundo a fonte da Internet (www.zog.com.br) "em 325 d.C., o Conselho de Nicea, composto por membros da Igreja católica, criou a Tabela eclesiástica, baseada na "Lua Eclesiástica", imaginária. Na verdade, o Dia da Páscoa, e o primeiro Domingo depois da Lua Cheia Eclesiástica que ocorre após 21 de março, dia do Equinócio, que é quando o sol passa por sobre a linha da Equador. A Quarta-feira de cinzas acontece 46 dias antes da Páscoa, portanto, a Terça-feira de Carnaval, último dia da festa pagã antes da quaresma." Portanto a celebração da Páscoa é móvel de ano para ano (2000-em 23/04; 2001-em 15/04; 2002-em31/03; 2003-em 20/04; 2004-em 11/04; 2005-em 27/03)

Fica uma questão central: Qual o seu verdadeiro significado religioso e político da páscoa para hoje ?

Quando partimos destes pressupostos teológicos, podemos afirmar que:

1. A Páscoa tem o sentido de libertação. O maior ato de injustiça é a forma com que um ser humano subjuga o seu semelhante, através da escravidão. Hoje existem várias formas de escravidão: o salário mínimo de FHC de R$ 180,00; a obscuridade dos gastos públicos, bem como prestações de contas duvidosas (Quem sabe que com a Lei de Responsabilidade Fiscal isto possa ser modificado ?), a corrupção e impunidade nos altos escalões do Governo, a ganância pelos juros dos empresários sonegadores e corruptos, etc. Diante da falta de responsabilidade social dos líderes judeus de sua época, Jesus afirmou: "Em verdade vos digo que, quando o fizestes (injustiça social) a um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes" Mat.25:40. E o destino destes que escravizam é o "fogo eterno". Mas aos pequeninos, disse Jesus: "Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará." João 8:32

2. A Páscoa tem o sentido de ressurreição. Jesus disse que ele mesmo é a ressurreição e a vida (João 11:25). A ressurreição hoje é a possibilidade do operariado sair de seu flagelo social e ter uma condição digna de sobrevivência e quando as distribuições de riquezas são mais justas. Se nós pudéssemos reduzir a população do mundo inteiro a uma aldeia de 100 pessoas, mantendo as proporções de todos os povos existentes no mundo, esta aldeia seria composta desta forma: 57 asiáticas; 21 europeus; 14 americanos (América do Norte e Sul); 8 Africanos, 52 mulheres; 48 homens; 70 não seriam brancos; 30 seriam brancos; 70 não seriam cristãos, 30 seriam cristãos, 59% da riqueza no mundo seria possuída por 6 pessoas e todas elas seriam norte-americanas; 80 morariam em casas sem nenhuma condição de habitação, 50 sofreriam de desnutrição, 1 estaria para morrer, 1 estaria para nascer, 1 possuiria um computador, 1 teria concluído o curso superior. Para e pense sobre isto.

3. A Páscoa tem sentido de renovação. A Páscoa não é uma liturgia fúnebre, mas a Celebração da Vida e da Esperança Cristã. Jesus veio ao mundo para que tivéssemos vida e vida em abundância (João10:10), bem como vida eterna (João 3:16) "Se alguém está em Cristo, uma nova Criatura é, as coisas velhas já passaram e eis que tudo se fez novo" II Cor.5:15. Renovação hoje, significa condições mínimas de educação, saúde, trabalho e habitação.

Nossa conclusão é uma oração: "Ó Senhor, nosso Deus, dá-nos a graça de te desejar com todo o nosso coração; e que o nosso desejo nos leve a buscar-te e a encontrar-te; e que, encontrando-te, possamos amar-te. E que, amando-te, possamos odiar aqueles pecados de que nos redimistes." Santo Anselmo.

© Copyright 2001 - Prof. Vanderlei de Barros Rosas - Professor de Filosofia e Teologia. Bacharel e Licenciado em Filosofia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro; Bacharel em teologia pelo Seminário Teológico Batista do Sul do Brasil; Pós-graduado em Missiologia pelo Centro Evangélico de Missões; Pós-graduado em educação religiosa pelo Instituto Batista de Educação religiosa.

quinta-feira, 21 de abril de 2011

21 DE ABRIL - TIRADENTES E A INCONFIDÊNCIA MINEIRA



A Inconfidência Mineira foi o primeiro movimento de rebeldia a questionar o Pacto Colonial. Como pano de fundo desse acontecimento, estão os pesados tributos impostos aos colonos, desde a administração pombalina (1750), numa fase de vertiginosa decadência da produção aurífera.
Com Pombal ficara estabelecido que a população de Minas deveria pagar anualmente o quinto, equivalente a 1.500 kg de ouro. Caso não fosse possível a arrecadação dessa quantia, a diferença deveria ser paga como o confisco de bens privados, recorrendo-se para isso ao emprego das tropas portuguesas na capitania. Era a instituição a derrama, mecanismo brutal de coleta de impostos que passou a vigorar a partir de 1765.
Em 1789, a crise da mineração tornava insustentáveis as exigências da metrópole. A capitania de Minas devia à Coroa cerca de 600 arrobas de ouro. A iminência de uma derrama colocava a população de sobressalto.
Esse descontentamento gerou uma situação de grande receptividade aos ideais propagados pela independência dos Estados Unidos e pelos filósofos iluministas franceses. Esse componente político-ideológico era difundido na colônia pelo intelectuais da elite de mineradores instruídos nas universidades européias.
Nessas condições, conspirava-se em todos os recantos das Minas. O sentimento de revolta era compartilhado por mineradores, comerciantes, militares, artesãos, funcionários da administração portuguesa, poetas, advogados e clérigos.
Vislumbravam como objetivo a ruptura com a metrópole e a proclamação da República. Pretendiam também fundar uma universidade em Vila Rica, instalar manufaturas de tecidos e aproveitar o ferro e o salitre existentes na região. Divergiam os conspiradores em apenas uma questão: a escravidão. Uma minoria era favorável à sua extinção imediata.
Para a liderança, a rebelião deveria ser deflagrada no momento de decretação da derrama, quando a insatisfação popular atingiria o auge. Descoberta por um ato de delação, a revolta não chegou a ser desencadeada. O governador da capitania, visconde de Barbacena, agiu com a violência tradicional, característica das autoridades coloniais.
O mais popular participante da conspiração, o Alferes Joaquim José da Silva Xavier, chamado “Tiradentes” (em função da profissão de dentista prático), único a assumir a responsabilidade do movimento, foi condenado à morte e executado em 21 de abril de 1792. Intelectuais como Tomás Antônio Gonzaga, Alvarenga Peixoto, Silva Alvarenga e outros foram deportados para a África. Cláudio Manuel da Costa, narram os autos do processo, suicidou-se no cárcere.

O historiador Sérgio Buarque de Holanda, avaliando o significado histórico do movimento, sentenciou: “A falta de consistência ideológica não invalida o significado da Inconfidência Mineira. Era um sintoma da desagregação do império português na América. A Coroa portuguesa bem o sentiu e tentou, por um castigo exemplar, deter a marcha do processamento histórico e impedir, pelo terror, que seus domínios seguissem o exemplo da América inglesa. Refletia, por outro lado, os impulsos de um povo que tomava consciência de sua realidade, suas particularidades e suas possibilidades. Nesse sentido foi nacionalista. Pode-se, portanto, considerá-la, sem restrição, um movimento precursor da Independência do Brasil”

terça-feira, 19 de abril de 2011

AS BATALHAS DOS GUARARAPES - 19 DE ABRIL DE 1648



Em duas batalhas travadas no século 17 nos pernambucanos montes Guararapes, os luso-brasileiros derrotaram os holandeses com táticas de guerrilha. Os conflitos mudaram o destino do país


De um lado, um exército organizado, com forte artilharia, munição e equipamentos para a guerra, liderados por uma superpotência. Do outro, soldados improvisados, em número muito inferior – menos de um terço da quantidade de combatentes dos inimigos. Lutavam descalços e sem camisa, munidos apenas de espadas e facões. Mas com uma vantagem: conheciam como ninguém a topografia do cenário de guerra. E acabaram impingindo uma derrota humilhante aos adversários.
Descrição da Guerra do Vietnã, em que os poderosos americanos foram massacrados pelos asiáticos? Nada disso. A luta acima ocorreu em meio à lama da região entre os montes e os mangues de Jaboatão dos Guararapes, no Grande Recife. Foram duas batalhas, que estão entre as mais decisivas para o futuro da América no século 17. Em abril de 1648 e em fevereiro de 1649, os conflitos que marcaram o destino do Brasil não pareciam, à primeira vista, muito justos. A República das Províncias Unidas dos Países Baixos, mais conhecida pelo nome de sua província mais importante, a Holanda (então a maior potência naval do planeta), enfrentou um exército formado por portugueses, mazombos (descendentes de portugueses nascidos no Brasil), índios e negros.
As derrotas sofridas pelos holandeses na região obrigariam, seis anos mais tarde, que eles abrissem mão de suas conquistas no Nordeste brasileiro. Por isso mesmo, não é exagero afirmar que foi ali, em Guararapes, que os habitantes da América portuguesa ajudaram a moldar aquilo que se tornaria a identidade brasileira. “Para os holandeses no século 17, Guararapes significou algo como a Guerra do Vietnã para os Estados Unidos no século 20 porque, com táticas de guerrilha mais apropriadas à região, os luso-brasileiros derrotaram um dos mais poderosos exércitos europeus”, diz o jornalista e historiador Leonardo Dantas da Silva, um dos maiores especialistas na época conhecida como Brasil Holandês, autor de Os Holandeses em Pernambuco.
Para entender os enfrentamentos que deram início ao fim da ocupação holandesa, é necessário analisar os sangrentos conflitos na Europa da época – dos quais a invasão holandesa ao Nordeste do Brasil foi um dos capítulos mais importantes.
Conflito Global
Assim como os Estados Unidos são atualmente a maior potência do mundo, o Império Espanhol era o todo-poderoso do século 16. Dominava territórios não apenas na Espanha como em diversos reinos que hoje integram a Itália e a França, assim como o território que hoje é dividido entre Bélgica, Holanda e Luxemburgo – em meados do século 16, esses três países faziam parte dos chamados Países Baixos Espanhóis. Em meio ao racha religioso causado pela Reforma Protestante, diversas regiões que trocaram o catolicismo pelas teses de Lutero e Calvino não viam mais razão para estarem submetidas aos católicos espanhóis. Foi o caso de sete províncias ao norte dos Países Baixos que, em 1579, fundaram a União de Utrecht – apesar de a Holanda ser apenas uma dessas províncias, era tão importante que o novo país levou seu nome. Como os espanhóis não estavam dispostos a perder a região, estratégica para as rotas de comércio na Europa, a guerra foi inevitável.
O conflito entre holandeses e espanhóis não tinha nada a ver com o Brasil. Isso até 1580. Logo no ano seguinte à União de Utrecht, o rei Filipe II da Espanha aproveitou-se do vácuo de poder em Portugal deixado pela morte de dom Sebastião para anexar o país aos seus domínios, formando a União Ibérica. A partir daí, o Brasil – e o precioso açúcar bruto produzido em seus engenhos e refinado pelos holandeses (leia abaixo) – passava a pertencer aos inimigos espanhóis. Foi então que os holandeses montaram duas espécies de multinacionais para tomar dos espanhóis-portugueses suas colônias: a Companhia das Índias Orientais, que encheu os cofres da Holanda controlando as possessões portuguesas no Oriente, e a Companhia das Índias Ocidentais, cuja missão era invadir as regiões produtoras de açúcar na América. Não fosse pelas duas batalhas em Guararapes, os holandeses poderiam ter chegado lá.
O primeiro destino da Companhia das Índias Ocidentais foi a Bahia. Em 1624, dezenas de navios com a bandeira tricolor holandesa invadiram a baía de Todos os Santos até tomarem a cidade de Salvador. Mas a ocupação não durou muito tempo: em 1625, uma esquadra luso-espanhola bem equipada conseguiu, com ajuda da população local, expulsar os holandeses da cidade. Cinco anos depois, a história seria diferente: ao tomarem a cidade de Olinda em 1630, os holandeses só sairiam do Nordeste em 1654. “Esses 24 anos de domínio estrangeiro comportaram na realidade mais de 16 anos de guerra”, escreveu o historiador Evaldo Cabral de Mello, autor de Olinda Restaurada.
Cabral divide a ocupação holandesa em três períodos. O primeiro vai de 1630 a 1637, quando a resistência local é obrigada a abandonar Pernambuco e os holandeses passam a controlar os territórios que vão do Ceará à foz do São Francisco (na divisa entre Alagoas e Sergipe). O segundo compreende os anos de 1637 a 1645, englobando principalmente o governo João Maurício de Nassau e o começo da revolta luso-brasileira (em 1640, Portugal voltou a ser independente da Espanha). O terceiro vai de 1645 a 1654 e marca a chamada Guerra de Restauração. Esta termina com a expulsão total dos holandeses. Foi exatamente nesse período que se deram as duas batalhas de Guararapes.
Guerrilha no mangue
Desde que Maurício de Nassau partira, em 1644, a situação dos holandeses no Brasil começou a definhar. Seus substitutos na Companhia das Índias Ocidentais não conseguiam controlar a crescente revolta dos habitantes locais contra o domínio estrangeiro com a mesma competência. A queda do preço do açúcar e as dívidas impagáveis com a Companhia acumuladas por produtores locais – além da certeza de que Portugal não teria condições de retomar a região pelo envio de uma esquadra, já que havia firmado uma trégua com os holandeses –, fizeram com que os descontentes decidissem agir por conta própria. Em 1645, organizaram um exército responsável por grandes vitórias, que encurralou os holandeses na cidade de Recife. Entre essas batalhas, a mais famosa foi a chamada Monte das Tabocas, decisiva para inverter o curso da história holandesa no Brasil. “Essa batalha abriu a campanha da Restauração e mostrou sua viabilidade militar, além de provocar a adesão de outras províncias”, diz o historiador militar e coronel Cláudio Moreira Bento. “É nesse momento que se define a estratégia de guerrilha que atingirá seu apogeu em Guararapes.”
O principal responsável por essa estratégia foi o militar de origem portuguesa Antônio Dias Cardoso, enviado da Bahia pelo governador-geral Antônio Telles da Silva. Conhecedor das técnicas de combate indígena, Dias Cardoso liderou no monte das Tabocas uma força de 1200 mazombos insurretos munidos de armas de fogo, foices, paus e flechas. As emboscadas derrotaram 1900 holandeses. A partir de então, ele seria apelidado de “mestre das emboscadas”. “Hoje, Dias Cardoso seria uma espécie de líder de forças especiais do Exército”, diz Cláudio Bento.
Acostumados a lutar em campo aberto na Europa, a artilharia pesada do Exército holandês mostrou-se vulnerável às novas táticas de guerrilha empregadas por seus adversários no Brasil. De maneira geral, cada companhia do Exército holandês formada por 500 homens era dividida em dois grupos: 300 piqueiros (carregavam os piques, lanças grandes no estilo medieval) que iam se revezando com o grupo de 200 mosqueteiros. Enquanto os mosqueteiros carregavam suas armas, os piqueiros assumiam a luta – e, quando os mosqueteiros estavam prontos para atirar, iam à frente dos piqueiros. “O problema é que esse tipo de luta não era adequado à vegetação local”, diz Dantas da Silva. “Em meio à mata e aos terrenos úmidos, não havia sequer raio de ação para a artilharia. A luta se dava mesmo na batalha corpo a corpo”. Foi com essa estratégia que, em abril de 1648, o exército luso-brasileiro derrotou os holandeses na primeira Batalha dos Guararapes.
A Primeira batalha
Cercados em Recife, os holandeses tinham obrigatoriamente de passar por Guararapes para recuperar suas antigas posições ao sul. De acordo com registros da época, ao anoitecer do dia 17 de abril o tenente-general Von Schkoppe comandou a saída das tropas holandesas para o sul da cidade na maior euforia e alarde. “A marcha dos holandeses foi acompanhada pelo som de trombetas e tambores, mais parecendo um desfile militar que uma marcha para o combate”, diz Cláudio Bento. “Com isso, eles queriam minar a moral dos combatentes locais, fazendo com que os luso-brasileiros acreditassem que não valia a pena lutar contra o poderoso exército holandês.”
Após a chegada de reforços da Holanda, os historiadores estimam que o exército holandês em Guararapes tivesse entre 4500 e 6000 homens. Já os brasileiros não passavam de 2500. Como então eles conseguiram uma vitória acachapante, que resultou em algo entre 500 e 900 mortes dos holandeses, incluindo dezenas de oficiais? A principal causa da vitória dos luso-brasileiros foi a decisão dos oficiais de lutar ao estilo local, atraindo os holandeses para o combate corpo-a-corpo em meio a passagens estreitas na mata, onde eram vítimas fáceis de emboscadas.
Além da estratégia de guerrilha, os exércitos formados no Brasil tinham muito mais razões para a luta que apenas as econômicas. “As dívidas à Companhia das Índias Ocidentais foram um fator importante para a rebelião, mas elas não seriam suficientes para motivar o ardor dos pernambucanos”, afirma Dantas da Silva. “Não podemos esquecer que se tratava também de uma guerra religiosa, já que o que estava em jogo era a disputa entre os católicos da terra contra os protestantes invasores”, diz o pesquisador, que discorda da tese de que houve liberdade religiosa em Pernambuco durante o governo holandês. “Havia, no máximo, alguma tolerância religiosa.”
O fato é que, dois dias depois de saírem do Recife, os holandeses depararam, em Guararapes, com algumas escaramuças montadas por um grupo de luso-brasileiros de 200 ou 300 homens. Chamados para a luta, eles não sabiam ainda que eram atraídos para uma grande emboscada em uma passagem estreita e com mangue entre montes na região, chamado de Boqueirão. Marchando com dificuldade com seus uniformes pesados, os holandeses foram vítimas de um ataque geral a espada das tropas luso-brasileiras. “O caos se estabeleceu e muitos holandeses, ao tentarem fugir, terminaram sendo abatidos a espada”, diz Cláudio Bento. Centenas de holandeses foram mortos em meio à região úmida pelos luso-brasileiros, cujo contingente de negros e índios estava habituado a se deslocar pelos alagados.
O resultado foi trágico para os holandeses. Estima-se que a batalha terminou com mais de 500 baixas (entre mortos e desaparecidos) e 500 feridos. Do lado do exército formado no Brasil, o número de baixas foi estimado em 80 mortes e 400 feridos. Como o exército holandês tinha quase o triplo de homens dos soldados locais, sua derrota foi ainda mais humilhante. Mas o pior ainda estava por vir.
A Segunda Batalha
Após a primeira batalha, os holandeses permaneceram sitiados no Recife, de onde só podiam sair pelo mar. Para desvencilharem-se da insultante posição, eles tentaram novamente sair por terra da cidade na noite do dia 17 para o dia 18 de fevereiro de 1649 – dessa vez, em silêncio. No dia 18, os luso-brasileiros já sabiam, contudo, que eles haviam marchado novamente para o sul. A idéia dos holandeses era chegar primeiro a Guararapes para se posicionarem com vantagem no inevitável confronto com as tropas luso-brasileiras. Mais uma vez, porém, a estratégia holandesa falhou. Suas tropas foram encurraladas, de novo, pelos soldados camuflados em Guararapes. Acabaram sendo obrigados a recuar em pânico para o Recife. Nessa ocasião, mais de mil homens do exército holandês foram mortos ou presos, contra apenas 40 mortos e 200 feridos das tropas luso-brasileiras.
Após a segunda batalha dos Guararapes, os comerciantes da Companhia das Índias Ocidentais pareciam ter finalmente percebido que não estavam lutando contra tropas portuguesas movidas puramente por razões econômicas. Eles descobriram que o povo lutava com um sentimento de patriotismo – incluindo os soldados negros, liderados por André Vidal Negreiros, e os indígenas, que tinham como líder o índio convertido ao catolicismo Felipe Camarão.
Enquanto a maioria do Exército holandês era recrutada em diversos pontos da Europa, os luso-brasileiros começaram a usar o termo “patriota” pela primeira vez no Brasil. Não é à toa que, após a expulsão definitiva dos holandeses, em 1654, a capitania de Pernambuco foi o epicentro de vários movimentos pela independência da região ocorridos nas décadas seguintes. Prevaleceu o sentimento de que o Nordeste holandês fora restaurado graças ao esforço de sua gente – e sem ajuda dos portugueses. Desde 1994, um decreto do ex-presidente Itamar Franco vinculou a data da Primeira Batalha de Guararapes ao Dia do Exército – marcando simbolicamente o conflito como a data de nascimento das nossas Forças Armadas.

Economia doce
Holandeses tornaram-se experts no negócio do açúcar
Os holandeses tiveram uma participação importantíssima na primeira atividade econômica organizada do Brasil – e acabaram sendo os principais beneficiados no processo. Logo no início da colonização, os portugueses escolheram plantar cana-de-açúcar por aqui para efetivar a posse da terra e, claro, levar lucro à metrópole. As primeiras mudas foram trazidas em 1532 e os engenhos multiplicaram-se rapidamente – em 1610, já eram 400, a maior parte no litoral de Pernambuco e da Bahia, que ocupavam posição estratégica para o escoamento do açúcar. A produção era toda voltada para exportação. Na Europa, a população mudava seus hábitos e começava a adoçar alimentos com açúcar em vez de mel. Como os custos para a produção eram altos para os portugueses, os holandeses é que financiaram a montagem das moendas e a compra dos escravos e assumiram o refino, o transporte e a negociação do nosso açúcar. Após sua expulsão daqui, os holandeses, que já detinham a tecnologia da produção do açúcar, foram para as Antilhas desenvolver o negócio por lá. O Brasil perdera o monopólio e ganhara um rival na produção do açúcar. Assim, o preço do açúcar, em meados do século 18 e durante o 19, caiu pela metade.
Quanto vale?
Nordeste voltou a ser brasileiro por 63 toneladas de ouro
Apesar de batalhas como as de Guararapes terem sido decisivas para expulsar os holandeses do Brasil, Portugal teve que negociar muito com a Holanda para obter a garantia de que o Nordeste brasileiro seria respeitado como colônia portuguesa. Em O Negócio do Brasil, o historiador Evaldo Cabral de Mello revela que, para que o Nordeste não fosse alvo novamente da Companhia das Índias Ocidentais, a coroa lusa teve que desembolsar 4 milhões de cruzados para os cofres holandeses, o equivalente, na época, a 63 toneladas de ouro – ou toda a receita da alfândega portuguesa em um ano inteiro. Ou seja: na prática, o Nordeste foi praticamente comprado de volta por Portugal. Mas a transação da Companhia das Índias Ocidentais que ficaria mais famosa, contudo, seria a venda de um entreposto comercial na América do Norte chamado Nova Amsterdã. Após a retomada do Nordeste pelos portugueses, esse entreposto foi o destino natural de muitos negociantes expulsos de Pernambuco – inclusive dos judeus que haviam se estabelecido no atual centro do Recife (onde foi construída a primeira sinagoga daqui, no século 16). Após vender o entreposto de Nova Amsterdã para os ingleses, o local seria batizado com o seu nome atual, Nova York.
Saiba mais
Livro
Olinda Restaurada – Guerra e Açúcar no Nordeste, 1630-1645, Evaldo Cabral de Mello, Topbooks, 1998
Aborda as vertentes econômica, política, social e militar do período da ocupação holandesa.

FONTE: AVENTURAS NA HISTÓRIA

sábado, 16 de abril de 2011

RELAÇÕES DO ESTADO E MERCADOS NA AMÉRIA LATINA



O desenvolvimento latino-americano das décadas de 1950 e 1960 concebe a função do Estado como necessária. Considera que, apesar da capacidade auto-reguladora, o mercado não é capaz de assegurar o desenvolvimento e solucionar os graves problemas econômico-sociais que surgiram no continente. Percebe-se que o mercado distorce as relações sociais e que tende, na situação latino-americana, ao estancamento do crescimento econômico.
A partir do anos de 1970, e com especial força durante os anos de 1980, surge uma crescente denúncia do Estado e seu papel regulador na sociedade moderna. Se nas décadas de 1950 e 1960 designava-se ao Estado uma função-chave no desenvolvimento econômico e social da sociedade, nas décadas de 1970 e 1980 o Estado é apontado como o grande culpado dos principais problemas que emergem. Cada vez mais é traçado um quadro negativo do Estado. Ele aparece como o grande culpado de tudo. Se não há desenvolvimento, a culpa é do Estado. Se há desemprego, a culpa também é do Estado. Se há destruição da natureza, os erros do Estado são os responsáveis. Ronald Reagan, em sua campanha eleitoral de 1980, resumiu essa atitude com uma frase: “Não temos problemas com o Estado, o Estado é o problema.”
Essa fixação no Estado como culpado de todos os males não é senão a outra face da fixação contrária, segundo a qual o mercado soluciona todos os problemas. Poderíamos inverter a expressão citada para mostrar seu significado: Não temos que solucionar problemas, o mercado é a solução de todos os problemas. Diante do Estado, identificado como o Mal, aparece o Bem: o mercado é considerado agora como instituição perfeita, cuja afirmação é suficiente para não ter problemas.
Essa negação maniqueísta do Estado revela um profundo estatismo ao reverso. Se se pretende definir o estatismo como uma atitude que acredita encontrar na ação do Estado a solução de todos os problemas, nesse estatismo ao reverso o vemos simplesmente invertido e transformado no culpado de tudo. O Estado continua sendo tudo, do que se conclui que a negação maniqueísta do Estado não transformou a atitude profundamente estatista em relação ao Estado.
Assim surgiu o antiestatismo metafísico das últimas décadas, que é outra face de uma afirmação total do mercado. Esse antiestatismo domina a discussão atual sobre o Estado e transformou-se em um leimotiv da visão do mundo no presente. Surgiu com as teorias neoliberais sobre a economia e a sociedade, e representa hoje uma espécie de senso comum da opinião pública do mundo inteiro. Manifesta-se, até mesmo, nos países socialistas e domina a maioria das instituições internacionais que tomam decisões políticas.
Mas não se trata simplesmente de uma ideologia das pessoas, pois são os Estados que assumem essa ideologia antiestatista e a promovem. Não se trata de um senso anarquista popular, como existiu em todos os tempos e que sonha com uma sociedade sem dominação, sem dinheiro e sem o Estado, e sim uma definição de uma estratégia estatal no âmbito dos próprios poderes públicos. São os presidentes, os parlamentos, os executivos das empresas, os bancos centrais, as entidades internacionais como o FMI e o Banco Mundial, os portadores da ideologia antiestatista. Aparecem as ditaduras de Segurança Nacional da América Latina, que legitimam o terrorismo de estado em nome dessa mesma ideologia. Aparecem verdadeiros totalitarismos, que, em nome do mercado total, propagam o desmantelamento do Estado e que justificam o terrorismo de estado em nome da pretensa necessidade do desaparecimento ou minimização deste. A ditadura de Pinochet no Chile foi um sistema antiestatista desse tipo; entretanto esse elemento antiestatista esteve presente igualmente nas ditaduras militares argentina e uruguaia, surgiu nos anos de 1980 no Brasil e atualmente vigora visivelmente em todas as sociedades da América Central.
Em nenhum dos casos essa política antiestatista diminuiu a atividade estatal, mas reestruturou o Estado. Aumentaram as forças representativas deste, até o ponto de o Estado deixar de cumprir as funções sociais e econômicas. Em nome da ideologia do antiestatismo, o Estado policial substitui o Estado social. A ideologia antiestatista serve como véu para esconder um aproveitamento sem limites do Estado por parte dos poderes econômicos internacionais e nacionais. Trata-se de uma tendência que começou com a onda de ditaduras de Segurança Nacional dos anos de 1970 na América Latina e que continua vigente hoje, apesar de todas as democratizações.
Às ditaduras de Segurança Nacional sucederam democracias de Segurança Nacional.
(Frans J. Hinkelammert, economista e cientista social, é especialista em assuntos da América Latina. Vive na Costa Rica e é autor de “As armas ideológicas da morte” e “Crítica da razão utópica” – editados no Brasil pelas Edições Paulinas).
(Parte de artigo intitulado “Nosso projeto de nova sociedade na América Latina”, publicado na revista Pasos – Costa Rica, 1991).

quinta-feira, 14 de abril de 2011

QUESTÕES DE DIREITO CONSTITUCIONAL



1. Em relação às diversas classificações das constituições, julgue os itens que se seguem.
a) A classificação de uma constituição semântica (Loewenstein) diz respeito a seu caráter hermético, de exegese complexa.
b) A classificação de uma constituição como plástica (Bryce) indica que é rígida quanto ao conteúdo e flexível quanto à forma.
c) A classificação de uma constituição como semi-rígida indica que seu conteúdo é apenas de normas materialmente constitucionais.
d) As constituições históricas são necessariamente rígidas.
e) As constituições classificam-se, quanto à estabilidade, em rígida, flexíveis e semi-rígidas.

2. Em relação ao pensamento jurídico-filosófico acerca da Constituição, julgue os itens seguintes.
a) Norteado pelo materialismo histórico, de que era adepto, Ferdinand Lassale vislumbrou a Constituição escrita como um veículo de transformação da sociedade.
b) Os fatores reais de poder, segundo Ferdinand Lassale, não se submetem aos termos da Constituição escrita quando esta esteja dissociada daqueles.
c) Na concepção de Hans Kelsen, a Constituição é o diploma que contém as regras que presidem a feitura das leis.
d) Para Konrad Hesse, a Constituição Jurídica está condicionada pela realidade histórica, ao mesmo tempo que seu elemento normativo ordena e conforma a realidade política e social.
e) A Constituição Jurídica, na concepção de Konrad Hesse, não se afigura impotente para dominar a distribuição de poder.

3. Julgue os itens a seguir, acerca do Direito Constitucional, da Constituição e do Poder Constituinte.
a) Para o direito, o sentido relevante de Constituição é o jurídico, que trato do efetivo poder social em um determinado Estado, isto é, o que busca definir os chamados fatores reais de poder.
b) Tradicionalmente, as normas constitucionais definidoras dos direitos e das garantias individuais cosntituem elementos limitadores da ação estatal.
c) A fixação dos direitos e das garantias dos indivíduos é um dos objetos da Constituição.




d) Considerando a noção de Constituição material, o ato de um agente público pode ser considerado inconstitucional, mesmo que afete norma não-constante do texto da
Constituição escrita.
e) Embora as alterações da Constituição sejam obra e manifestação do poder contribuinte, elas, no regime constitucional brasileiro, sofrem limitações de várias ordens.

4. Em relação aos remédios constitucionais, julgue os seguintes itens.
a) Os chamados remédios constitucionais, ou remédios do direito constitucional, consistem em meios à disposição do indivíduo para provocar a atuação das autoridades competentes, com o fim de evitar ou sanar ilegalidade e abuso de poder em prejuízo de direitos e interesses individuais ou coletivos.
b) Se Armando, simples cidadão, tomar conhecimento de que na Superintendência Regional do Departamento de Polícia Federal de algum estado da Federação estão sendo praticados atos ilícitos pelo respectivo superintendente, poderá, por meio de simples petição, dirigir-se ao Diretor-Geral do DPF para apontar as ilegalidades, estando esta autoridade obrigada a despachar a petição.
c) Se o caso é de habeas corpus, não cabe mandado de segurança.
d) Com o alargamento promovido pela Constituição de 1988 na área dos remédios constitucionais, passou a ser possível a impetração de mandado de segurança coletivo, por qualquer organização sindical, entidade de classe ou associação, desde que legalmente constituídos.
e) Se Lúcia - adversária política de Ana, governadora de um estado - ajuizar ação popular contra atos praticados por Ana e o pedido da ação for julgado improcedente, deverá haver condenação da autora às custa judiciais e ao ônus da sucumbência, desde que se tenha alegado, na contestação, má-fé da autora.

5. Considerando as normas pertinentes aos remédios constitucionais na Constituição de 1988, julgue os seguintes itens.
a) Apenas ações judiciais foram previstas na Constituição de 1988 como remédios constitucionais garantidores dos direitos fundamentais.
b) A ação de habeas corpus destina-se a evitar qualquer ilegalidade praticada contra direito do cidadão no curso de processo penal.
c) O mandado de segurança não tutela direito amparável por habeas corpus.
d) O mandado de segurança pode ser impetrado, em certos casos, mesmo se necessário for o exame de provas.
e) Qualquer direito previsto no ordenamento jurídico e não-regulamentado pode ser satisfeito por meio do mandado de injunção.

6. Julgue os itens que se seguem, acerca da Federação.
a) O sistema federativo brasileiro é composto por quatro espécies de pessoas jurídicas de direito público, entre elas os Municípios.
b) Uma vez que a Constituição Federal define as competências exclusivas da União e dos municípios, é correto dizer que as competências não incluídas em nenhuma dessas duas órbitas dizem respeito somente aos estados, desde que tais competências não sejam concorrentes.
c) Todos os Estados e o Distrito Federal elegem o mesmo número de senadores, pois estes são seus representantes junto ao Legislativo federal.
d) Apenas no plano federal, o Legislativo é bicameral.
e) Lei complementar não pode autorizar à União a desempenhar serviço de interesse local.

7. De acordo com o Direito Administrativo, a personalidade jurídica de direito público é conferida a determinados entes, em razão do desempenho de função pública própria e típica. Diversamente, à entidade será atribuída personalidade jurídica de direito privado, em razão do desempenho de função pública atípica, delegada pelo Estado. Em relação a esse tema, julgue os seguintes itens.
a) A União é pessoa jurídica de direito público externo.
b) Os Estados e os Municípios são pessoas jurídicas de direito público interno.
c) As sociedades de economia mista, ao contrário das empresas públicas, são pessoas jurídicas de direito privado.
d) As fundações públicas são pessoas jurídicas de direito privado.
e) As autarquias e os partidos políticos são pessoas jurídicas de direito público.

8. Julgue os itens seguintes, relativos à Administração Pública brasileira.
a) Em atenção ao interesse público, a Administração pode dispensar a audiência do
particular afetado por decisão, versando sobre a imposição de multa.
b) Dado que, nos termos do art. 5º, XXXV, da Constituição, todas as pessoas dispõem de ação judicial tendente a invalidar ato administrativo ilegal, a Administração Pública deve abster-se de rever seus atos, mesmo quando neles constate nulidade.
c) A ação tendente a anular ato lesivo ao patrimônio público é o mandado de segurança.
d) Lei federal pode circunscrever a defesa do particular, em processo administrativo de cobrança de débito previdenciário, a comprovação de o débito já ter sido pago ou a existência de incorreções no valor exigido pelo Poder Público.
e) O ajuizamento de ação pode ser condicionado ao exaurimento prévio de todas as
instâncias administrativas, desde que lei complementar disponha neste sentido.

9. Quanto ao controle jurisdicional da Administração Pública, julgue os seguintes itens.
a) Como instrumento judicial de controle da legalidade do ato administrativo, o mandado de segurança não pode voltar-se contra ato cujo agente faça parte de pessoa jurídica que não exerça atribuição do Poder Público.
b) Os processos em que forem partes instituição da previdência social e segurado serão decididos pela justiça estadual, no foro do domicílio do segurado ou beneficiário, se a comarca não for sede de vara federal.
c) O recurso cabível contra sentença prolatada pela justiça estadual, no exercício de
competência federal para dirimir conflitos previdenciários, será sempre da competência do Tribunal de Justiça do Estado.
d) A competência para processar e julgar mandado de segurança contra autoridade federal no exercício de competência federal é do juiz federal, salvo se o agente que praticou o ato estiver sob a jurisdição originária de algum tribunal federal.
e) Um fiscal de contribuições previdenciárias não pode autuar empresa pelo descumprimento de lei declarada inconstitucional, pelo STF, em ação direta de inconstitucionalidade transitada em julgado.

10. O veículo oficial nº 100, conduzido pelo servidor Tício, motorista do gabinete do Exmo. Sr. Senador Mévio, colidiu, na Av. W3 Sul, nesta Capital, com um automóvel particular, pertencente ao cidadão Tibério. Este último requereu administrativamente o ressarcimento dos prejuízos materiais sofridos. A direção do Senado Federal, entretanto, indeferiu o pleito deduzido, sob o argumento de que o requerente não provou a culpa do motorista oficial. Inconformado, o Sr. Tibério recorreu à via judicial. A Justiça Fe-deral, por sua vez, reconheceu seu direito à indenização. Com relação à situação descrita, julgue os itens abaixo.
a) A Administração Pública, na hipótese, errou, pois a responsabilidade do Estado pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros é objetiva (teoria do risco administrativo).
b) A responsabilidade de Tício perante o evento danoso é subjetiva.
c) Na hipótese de ser reconhecido o direito da União (Senado Federal) ao ressarcimento da quantia desembolsada em favor de Tibério, a reposição ao erário público será descontada em parcelas mensais não excedentes à quinta parte da remuneração do servidor Tício, em valores nominais.
d) Reconhecida a culpa do condutor do veículo oficial no evento danoso, Tício não poderá, enquanto houver débito, solicitar a sua exoneração.
e) O pagamento do débito reconhecido pelo Estado-Juiz, em favor de Tibério, será realizado mediante o sistema de precatórios.

3º ANO - EXERCÍCIO PARA P3



QUESTÃO 01
Durante o ciclo da cana de açúcar, formou-se uma sociedade com características:

a) patriarcal, urbana e muito estratificada.
b) rural, culta e adepta da mobilidade social.
c) aristocrática, urbana e composta pela maioria da classe média.
d) industrial, rural e dependente da mão-de-obra livre
e) escravocrata, rural, patriarcal e aristocrática.

QUESTÃO 02
...Alviano - E que fábrica é necessário que tenha um desses engenhos que costumam fazer muito açúcar?
Brandônio - É necessário que tenha 50 peças de escravos de serviços bons; 15 ou 20 juntas de bois, com seus carros necessários, aparelhados; cobres bastantes e bem concertados; oficiais bons, muita lenha, fornalha e decoada, porque qualquer cousa que falte destas, logo imediatamente se diminuiu com ela o rendimento do açúcar...

O trecho acima, retirado dos “Diálogos das Grandezas do Brasil”, livro escrito no início do século XVII, é bastante esclarecedor sobre a produção açucareira. Indique a alternativa que, de acordo com o diálogo, é verdadeira:

a) a atividade açucareira utilizava exclusivamente mão-de-obra escrava.
b) a tecnologia utilizada na produção do açúcar era simples e, portanto, acessível a pequenos e médios produtores.
c) a produção de açúcar constituía uma atividade bastante complexa para a época.
d) a estrutura tecnológica para a produção do açúcar, por suas características, condicionou a estrutura fundiária do Brasil.
e) a atividade açucararia não se subordinava à metrópole, uma vez que o Brasil dispunha de todos os recursos.

QUESTÃO 03
A Plantation, como forma clássica de exploração colonial das zonas tropicais, adquiriu determinadas modalidades regionais, das quais destacamos:
a) os minifúndios policultores das colônias inglesas e francesas;
b) a haciendas e as mitas hispano-americanas;
c) as fazendas de café paulistas e as encomiendas peruanas;
d) as haceiendas hispano-americanas e os engenhos de açúcar brasileiros;
e) os engenhos de açúcar brasileiros e os minifúndios algodoeiros das colônias inglesas.

QUESTÃO 04
Qual a situação européia por ocasião do domínio holandês no Brasil?

a) A França, a Inglaterra e a Holanda reconheciam as terras americanas como exclusivamente ibéricas.
b) Desde o século XV, a antiga Flandres assiste a um grande desenvolvimento agrícola, desejando
por isto anexar as terras americanas ao seu domínio.
c) A presença holandesa no financiamento, transporte e comercialização do açúcar, já no século XVI, mostra que a associação Portugal-Holanda é anterior a invasão holandesa ao Brasil.
d) No último quartel do século XVI sobrevem a União Ibérica que em nada contribui para o domínio holandês no Brasil.
e) A Holanda, apesar de ter surgido da luta de independência contra a Espanha, procurou aprofundar seu desenvolvimento agrícola em terras férteis do norte europeu.

QUESTÃO 05
Para garantir a paz e assegurar os interesses da Companhia das Índias Ocidentais, foi enviado ao Brasil o seu representante, o conde João Maurício de Nassau, que governou o Brasil holandês de 1637 a 1644. Durante sua administração, podemos destacar:

0 0. a criação da Câmara dos Escabinos (assembléia de representantes das várias câmaras municipais da região);
1 1. a proibição da prática do culto católico (Nassau era calvinista);
2 2. financiamento aos senhores de engenho, fornecendo-lhes mão-de-obra e garantia de colocação do açúcar no mercado europeu;
3 3. fim do monopólio do mercado escravista;
4 4. embelezamento e urbanização do Recife: pontes e palácios, jardins e pavimentação.

QUESTÃO 06
Durante o governo de Maurício de Nassau, a Companhia das Índias Ocidentais concedeu crédito aos senhores de engenho, destinado ao reaparelhamento dos engenhos, recuperação dos canaviais e compra de escravos. Esta atitude indica:

0 0. o sentido altamente humanista da Companhia das Índias Ocidentais, interessada no progresso da Colônia;
1 1. a habilidade comercial da Companhia, que, estando interessada na produção de açúcar mostrava-se disposta a financiar os senhores de engenho;
2 2. a preocupação da Companhia em explorar de forma imediatista os senhores de engenho;
3 3. a ausência de preocupação comercial da Companhia da Índias Ocidentais;
4 4. a necessidade da burguesia holandesa em recuperar a produção açucareira, tão necessária aos interesses da Companhia.

QUESTÃO 07
As chamadas Províncias Unidas, entre elas a Holanda, conheceram um grande desenvolvimento econômico, o que contribuiu para o surgimento da crença de uma suposta superioridade do colonizador holandês em relação ao português. Indique, entre as afirmativas, as que evidenciam um comportamento mais avançado dos holandeses durante a ocupação do Nordeste brasileiro no século XVII.

1. a indulgência com que trataram os negros escravos, modificando-se, a partir da invasão, as relações de produção nas capitanias ocupadas.
2. a vinda, ao Brasil, de cientistas, dentre eles médicos, astrônomos, cartógrafos, preocupados em desvendar a realidade da colônia.
3. a habilidade política demonstrada por Nassau no trato com os colonos e incorporada prontamente pelos seus sucessores.
4. uma relativa tolerância religiosa, permitiu a vinda de judeus que fundaram Sinagoga no Recife e a permissão para a continuidade do culto católico, se bem que realizado de forma discreta.
5. o incentivo ao barroco já que foram os invasores os construtores das mais belas Igrejas de Olinda e Recife.

Assinale a opção correta:
a) 2 e 4 b)1 e 3 c)4 e 5 d)1 e 2 e)3 e 5

QUESTÃO 08
Os holandeses fizeram investimentos de capitais na empresa açucareira desde o século XVI. A União Ibérica privou-os de continuarem nos negócios do açúcar.

0 0. a ligação Lisboa - Antuérpia foi substituída pela ligação Lisboa - Sevilha, o que incentivou a invasão holandesa.
1 1. a Companhia das Índias Ocidentais - encarregada da administração da cidade do Recife - embelezou-a com traços urbanísticos, pontes e obras sanitárias.
2 2. a ligação Lisboa - Antuérpia era a rota para o refino do açúcar. Após a União Ibérica, as fábricas de Sevilha tornaram-se responsáveis pelo refinamento e a Holanda pela distribuição no mercado.
3 3. a invasão holandesa, no Nordeste, assegurou à Holanda o refinamento do açúcar e a sua comercialização no mercado internacional.
4 4. em 1641, os holandeses conquistaram a lha de São Tomé e Angola, na tentativa de assegurar o surgimento da mão de obra escrava, para o Brasil.

QUESTÃO 09
A ocupação portuguesa do litoral Norte e Nordeste do Brasil, em fins do século XVI e início do século XVII, deu-se em virtude dos ataques ingleses, franceses e holandeses a esse território. Sobre estas invasões e ocupações, identifique as proposições verdadeiras e falsas.

0 0. os franceses invadiram Sergipe d’el Rei, a Paraíba, o rio Grande do Norte, o Ceará, o Maranhão e o Grão-Pará;
1 1. os holandeses ocuparam, por longo tempo, os territórios da Bahia, Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.
2 2. os franceses, holandeses e ingleses conquistaram todo o Norte e Nordeste, restando aos portugueses, no século XVI, o domínio do território abaixo da Bahia.
3 3. de todas as invasões do século XVII, a holandesa foi a mais duradoura, no sentido da permanência da ocupação. Em Pernambuco, o domínio holandês se estendeu de 1630 a 1654.
4 4. a conquista do Grão-Pará, pelos portugueses, em 1616, beneficiou o monopólio do comércio dessa região para Portugal e obrigou os franceses a se instalarem nas Guianas.

QUESTÃO 10
Assinale a alternativa incorreta.

a) a dominação holandesa no Brasil trouxe concepções de mundo diferentes que se chocavam com o catolicismo predominante na colonização portuguesa.
b) as disputas pelo mercado de açúcar foram decisivas para que os holandeses invadissem o Brasil.
c) Portugal não demonstrou interesse em expulsar os holandeses do Brasil, mesmo depois do término da União Ibérica.
d) Recife conseguiu um crescimento significativo com a administração holandesa, chegando seus habitantes a enfrentar problemas de falta de moradia.
e) apesar das diferenças, holandeses e portugueses tinham a visão do colonizador que se preocupava em aumentar suas riquezas

QUESTÃO 11
Leia a asserção e a razão.

A inviabilidade do deslocamento maciço de mão-de-obra, as diversas reações da mão-de-obra indígena à escravidão e, sobretudo, a alta rentabilidade do tráfico negreiro determinam a implantação do trabalho negro escravo, no Brasil colonial.

Assinale a alternativa correta:

a) a asserção está correta e a razão está errada.
b) a asserção está incorreta, porque jamais se cogitou o deslocamento de mão-de-obra para o Brasil e a razão está correta.
c) a razão contradiz a asserção.
d) a asserção e a razão estão corretas.
e) a asserção e a razão estão erradas.

QUESTÃO 12
A exploração do ouro brasileiro das “Gerais”, no século XVIII, foi muito significativa e teve grande importância na economia da época. Esse ouro:

a) ficou totalmente no território brasileiro.
b) teve sua exportação legalmente controlada pela Inglaterra.
c) ajudou, através de Portugal, ao fortalecimento da Inglaterra.
d) enriqueceu apenas os brasileiros e portugueses.
e) foi em sua maior parte investido em Portugal, tornando aquela metrópole economicamente independente do domínio inglês;

QUESTÃO 13
“Para melhor explorar o rico quinhão da colônia, que lhe oferecia ouro e diamante, que lhe pagava as importações e o fausto, cuidou Portugal de fundar vilas e cidades, de impedir as desordens e os levantes, de reprimir e lançar mão da violência sempre que julgasse preciso”. (Laura Vergueiro). Essas medidas drásticas:
0 0. provocaram o enriquecimento e a independência econômica de Portugal.
1 1. impediram a ocorrência de rebelião na região das minas.
2 2. permitiram uma equilibrada distribuição da renda na região mineradora.
3 3. possibilitaram uma sistemática cobrança de impostos, inclusive da derrama.
4 4. contribuíram para a facilidade de abastecimento nas Minas Gerais.

QUESTÃO 14

“O vasto empório das douradas Minas
Por mim o falará: quando mais finas
se derramam as lágrimas no imposto
clama o desgosto de um país decadente”.
Claúdio Manuel da Costa.

O poeta acima viveu nas Minas Gerais do século XVIII e participou da Inconfidência que eclodiu em 1789. Sobre este século e sobre a conspiração, em Minas, identifique as proposições verdadeiras e as falsas.

0 0. Vila-Rica, Sabará e Mariana foram aglomerados urbanos importantes - com belas Igrejas e população livre numerosa - onde eram evidentes os contrastes sociais.
1 1. os escravos tiveram em Minas, boas condições de trabalho, o que permitiu que a maioria deles conseguisse a liberdade, no fim do século XVIII, e passasse a trabalhar por conta própria.
2 2. a grande maioria dos inconfidentes pertencia às camadas mais humildes da população, estando muitos deles com dívidas elevadas com a Coroa Portuguesa.
3 3. era de crise a situação das Minas Gerais no fim deste século, devido à queda da produção aurífera, à ameaça constante da execução da derrama e ao aumento dos impostos.
4 4. os inconfidentes concordavam em diversas questões, sobretudo naquelas relativas à escravidão e ao tipo de governo que se instalaria, na Colônia, se fossem vitoriosos.

QUESTÃO 15
Riquezas minerais não foram encontradas de imediato no Brasil. Todavia, o açúcar foi considerado como o “ouro branco” da colônia, sendo consideráveis os lucros provenientes de sua venda no mercado europeu. Esses lucros não foram bem distribuídos e ficaram em sua maior parte com:

a) o governo português que cobrava impostos dos colonos sobre a venda do açúcar.
b) os lavradores que, livres dos encargos financeiros da montagem de um engenho, tinham maiores lucros com o cultivo da cana.
c) os senhores de engenho, donos de terras e de escravos, que controlavam a produção do açúcar.
d) os agricultores que se dedicavam à produção de alimentos para abastecimento dos engenhos .
e) os comerciantes, portugueses e de outras nacionalidades, que distribuíam e revendiam o açúcar na Europa.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

QUESTÃO DE SOCIOLOGIA DA SEMANA


Leias as afirmações que seguem e identifique quais pertencem realmente ao pensamento de Aristóteles:

I - O silogismo aristotélico é a dedução lógica na qual uma conclusão é inferida a partir de suas premissas, a premissa menor e a premissa média, pela mediação do termo maior.
II - Com a teoria das quatro causas e a distinção entre ato e potência, Aristóteles buscou explicar a realidade do devir e da mudança a que estão submetidas as coisas causadas.
III - De acordo com Aristóteles, tudo o que acontece têm suas causas. Essas são a explicação ou o porquê de certa coisa ser o que é. Causa eficiente, final, formal e material são os quatro sentidos que Aristóteles distingue no termo causa.
IV - Aristóteles classificou a justiça em duas espécies básicas: distributiva, que denominou proporcional, e comutativa, por ele chamada retificadora ou corretiva.
V - É princípio da justiça distributiva, procurar equilibrar as vantagens e as desvantagens entre dois contratantes. Nos contratos involuntários, a pena infligida ao réu deve ser proporcional ao dano por ele provocado.
Assinale a alternativa que possui as asserções VERDADEIRAS sobre a filosofia aristotélica:
a) III, IV e V.
b) Todas.
c) II, III e IV.
d) I, II, IV e V.
e) I, III, IV e V.

resp.: c