domingo, 13 de março de 2011

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL: UMA QUESTÃO DE SOBREVIVÊNCIA.


A geografia, como toda ciência, têm tido uma enorme evolução neste século. Os livros didáticos, quase sempre não conseguem acompanhar o ritmo das novas descobertas e são freguentemente postos de lado com maior rapidez. Um dessas evoluções é o estudo do Desenvolvimento Sustentável, que têm movimentado a produção de textos acadêmicos, tanto no exterior como no Brasil.

Mesmo com essa evolução no estudo, o Desenvolvimento Sustentável ainda é um campo de estudo pouco explorado, ainda não se esgotou o tema e a própria mecânica da desenvolvimento humano faz alimentar esta temática. Perguntas como : Quais os caminhos para viabilizar um projeto de desenvolvimento sustentável ? ; Como equacionar as necessidades dos diversos agentes envolvidos ? ; A quem interessa esse desenvolvimento sustentável ?; são indagações pertinentes ao estudo do desenvolvimento sustentável.

As respostas a essas perguntas só serão respondidas com muita pesquisa e produção de textos científicos.



Nessas últimas décadas temos visto o surgimento de várias organizações-não-governamentais preocupadas com o meio ambiente e o seu desenvolvimento sustentável. Observamos também que o tema é utilizado pelos políticos, com uma certa freguência, como produto de retórica falsa. Muito se têm debatido, sobre o desenvolvimento sustentável no campo político sem ao menos saber com exatidão acadêmica o que é desenvolvimento sustentável. A definição de uso racional dos recursos naturais se volta para a própria concepção da privilegiada espécie humana, portanto, é falso o conceito de desenvolvimento avaliado unicamente à base da expansão da riqueza material, do crescimento econômico; como querem os políticos comprometidos com os lobbistas .

A partir de 1987 vários grupos de ecologistas começaram a financiar projetos de conservação em troca de títulos da dívida dessas nações, permitindo que locais até então ameaçados de devastação fossem conservados. Os ecologistas não pertenciam a uma ideologia definida, abargava tanto neoliberais, como marxistas convictos. A busca de um ideal de desenvolvimento sustentável transcendia a esfera política de organização, a luta por um meio ambiente era mais forte do que definições políticas. Os temas divergentes entre os ecologistas se referiam basicamente as destinos dos resultados do crescimento e os parâmetros avaliativos.

A década de 90 vai com certeza ser relembrada como aquela onde o desenvolvimento sustentável, como sinônimo de um novo paradigma de produção, emergiu com força total, a nível internacional e a nível nacional com o advento da conferência sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, a Rio-92.

A Rio-92 também trouxe ou confirmou outros conceitos, entre eles o de que o desenvolvimento não se dá paralelamente uniforme em todo o planeta, pois cada área geopolítica adquire uma intensidade de investimento de acordo com os interesses capitalistas de momento . O desenvolvimento sustentável deve ser então entendido como um modelo de desenvolvimento agrícola onde as formas de produção e organização social conduz à manutenção e ao aumento da fertilidade do solo, a preservação dos outros recursos naturais e à permanência e estabilidade de valores culturais das populações rurais, mas conduzido pelos



tentáculos do capitalismo selvagem ( se é que a palavra selvagem aqui não esteja impregnada de etnocentrismo )

Diante do quadro exposto anteriomente, verifica-se uma pressão dos países desenvolvidos, sobre os subdesenvolvidos no que concerne ao modelo de desenvolvimento. O México, Argentina e Brasil ( exemplos maiores da busca de desenvolvimento ) se vêem acuados diante da escolha de modelos de desenvolvimentos: de uma lado o desenvolvimento quantitativo, defendido pelos organismos econômicos internacionais, como o FMI, que apregoam o desenvolvimento do país privilegiando a poupança em detrimento das condições de vida da população; do outro lado desenvolvimento qualitativo que busca no equilíbrio entre crescimento econômico e garantia de qualidade de vida da população o meio perfeito de atingir o desenvolvimento sustentável.

Outra preocupação aflora : Crescer e Desenvolver-se são a mesma coisa ? Claro que não, desenvolver-se pressupôem uma busca sistemática e nada fácil entre os países terceiro-mundiastas.

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