domingo, 31 de janeiro de 2010

Campinas (SP) abre em março a primeira escola gay do Brasil



Publicado em 30.01.2010, às 19h28Do Jornal do Commercio

A cidade de Campinas, no interior paulista, terá a primeira escola para jovens gays do Brasil. Com recursos do Ministério da Cultura e do governo estadual, a ONG E-Jovem vai abrir a escola em março, com cursos gratuitos de dança, canto, TV-Web e produção de fanzines. Dezenas de adolescentes homossexuais e heterossexuais já fizeram as inscrições para as aulas, que terão 20 alunos por turma. Na grade curricular do ano que vem, já está previsto um curso para formação de drag queens.
“A Parada (Gay) mostrou que os homossexuais existem. Agora, queremos mostrar que eles falam e têm o que dizer”, afirma o professor universitário e militante gay Deco Ribeiro, 38 anos, um dos idealizadores do projeto.
A escola não vai oferecer o ensino regular, mas cursos que promovam a cultura homossexual e fomentem a formação de meios de divulgação, como os fanzines e a TV por internet. O projeto tem financiamento público de R$ 180 mil, a serem gastos em três anos. A proposta de criação da escola foi uma das 300 contempladas no programa do governo para a formação de pontos de cultura.
“O importante é valorizar a identidade desses jovens, que precisam de um espaço de cultura e de meios para se expressar. Há muito preconceito, e uma forma de combater isso é valorizando a cultura LGBT (lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros)”, afirma. A escola está aberta também a heterossexuais. Os cursos são gratuitos, e voluntários já se inscreveram como professores não remunerados.
Caso do estudante Cristiano Henrique da Silva, 18, que ensinará canto. “Tenho sete anos de conservatório musical, participei do coro da Igreja, e quero dar as aulas”, conta. O jovem é irmão de Leandro Henrique Ochialini, 19, bailarino e futuro aluno de dança da escola. Criados em famílias diferentes, os dois agora moram com a mãe, em Campinas, e há apenas dois anos revelaram um ao outro sua orientação sexual. “Vivíamos disputando a atenção da nossa mãe, brigávamos. Agora, que um sabe do outro, somos melhores amigos”, diz Leandro.
A escola terá aulas para quem quiser ser drag queen dadas por Chesller Moreira, 27, dirigente da ONG e que também é a drag Loren Beauty. “Me tornei a Loren por causa da militância. Nos eventos, começavam a pedir a Loren porque ela fala muito melhor com os adolescentes. E foi ficando. É a minha outra identidade”, explica. O jovem, formado em costura e estilismo, lembra que, na adolescência, quando a mãe descobriu que era gay, ela perguntou: “Você não vai se vestir de mulher, não, né?” “Todos precisam de um tempo para entender. Agora, é minha mãe que me dá as perucas”, brinca.
A pesquisadora Miriam Abramovay, da Rede de Informação Tecnológica Latino-Americana (Ritla), especialista em educação, questões de gênero e violência escolar, aprovou a ideia da escola gay. “É importante que as pessoas que sofrem mais preconceito tenham seus próprios espaços. Não se trata de uma escola formal, mas de um centro de convivência, formação e diálogo”, analisou.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Questão da UPE 2008

01. As lutas decorrentes das Cruzadas mostraram não somente o fanatismo religioso mas também afirmaram a importância de interesses econômicos. As Cruzadas economicamente
A) fortaleceram o poder de Constantinopla, enfraquecendo o comércio europeu durante a Idade Média.
B) mantiveram as mesmas rotas comerciais do Império Romano, gerando prejuízos para os comerciantes.
C) acabaram com o comércio nas grandes cidades européias, fortalecendo o feudalismo.
D) diminuíram bastante o prestígio comercial de Constantinopla, fortalecendo o comércio no Mediterrâneo.
E) consolidaram o poder da burguesia francesa, interessada em derrotar os comerciantes italianos.

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