sábado, 30 de agosto de 2008

Barroco Brasileiro e suas influências


1-Introdução

Barroco, período que sucedeu o Renascimento, do final do século XVI ao final do século XVII, estendendo-se a todas as manifestações culturais e artísticas européias e latino-americanas. O barroco foi anunciado pelo maneirismo e se extinguiu no rococó, um barroco exagerado e exuberante, considerado por muitos críticos a decadência do movimento.
Sob o ponto de vista estético, o barroco revela a busca da novidade e da surpresa; o gosto pela dificuldade, vinculado com a idéia de que se nada é estável tudo deve ser decifrado; a tendência ao artifício e ao engenho; a noção de que no inacabado reside o ideal supremo de uma obra artística. A literatura barroca se caracteriza pelo uso da linguagem dramática expressa no exagero de hipérboles, metáforas, anacolutos e antíteses (ver Figuras de linguagem).

2-Contexto Histórico

O termo Barroco é usado para designar o estilo que, partindo das artes plásticas, teve seu apogeu literário no século XVII, prolongando-se até meados do século XVIII.
Devido a razões essencialmente didáticas, costuma-se delimitar este movimento, no Brasil, entre 1601 e 1768:
· 1601:publicação de Prosopopéia, de Bento Teixeira pinto;
· 1768:publicação das Obras poéticas, de Cáudio Manuel da Costa, que assinala o início do Arcadismo no Brasil.
· A Reforma
Da Idade Média até o Renascimento, a igreja exerceu destacada ação política, social e econômica.
Isto fez com que alguns dos seus elementos – ou que nela se infiltraram não por motivos puramente religiosos, mas pelo desejo de participar do status alcançado através da atuação clerical – vivessem como senhores nobres ou como pecadores contumazes, contrariando os ideais de humildade e simplicidade de doutrina cristã.
Esta situação propiciou uma cisão no seio da Igreja, concretizada pela Reforma Protestante de Martinho Lutero, iniciada em 1517, seguida da adesão de João Calvino, em 1532.
Os reformadores, Lutero na Alemanha e Calvino na França, reivindicaram a reaproximação da igreja do espírito cristianismo primitivo. Calvino difunde a idéia de que todos os fiéis podem ter acesso ao sacerdócio, inclusive as mulheres. Abole a hierarquia e institui os pastores como ministros das igrejas, aos quais é permitido o casamento.
Calvino prega a teoria da predestinação, afirmando que Deus concede a salvação a poucos eleitos e que o homem deve buscar o lucro por meio do trabalho e da vida regrada, identificando a ética protestante com incipiente capitalismo e tornando-a atraente.
· A Contra Reforma
Com o objetivo de eliminar os abusos que haviam afastado tantos fiéis e permitindo o êxito dos reformistas em alguns países, a Igreja organizou a Contra Reforma.Para tanto, foi convocado o Concílio de Trento(1545-1563), que deveria objetivar o estabelecimento da disciplina do clero e a reafirmação dos dogmas e crenças católicos.
A partir do Concílio de Trento, cria-se a Congregação do Índex, para censurar livros contrários à doutrina católica (Index Librorum Prohibitorum), e a Inquisição é reorganizada para o julgamento de cristãos, hereges e de judeus acusados de não seguirem a doutrina da igreja, estabelecendo-se a tortura e a pena de morte.
A tentativa de conciliar o espiritualismo medieval e o humanismo renascentista resultou numa tensão entre forças opostas:o teocentrismo e o antropocentrismo. A procura da conciliação ou do equilíbrio entre ambas equivale à procura de uma síntese que, em resumo, é o próprio estilo Barroco.

2.1-Características

1. Culto do contraste: o dualismo barroco coloca em contraste a matéria e o espírito, o bem e o mal, Deus e o diabo, o céu e a terra, a pureza e o pecado, a alegria e a tristeza, ávida e a morte, a juventude e a velhice, a claridade e a escuridão etc.
O alegre do dia entristecido,
O silêncio da noite perturbando,
O resplendor do sol todo eclipsado,
O luzente da lua desmentindo!
(Gregório de Mattos)
Observe nos versos as antíteses (dia/noite, resplendor/eclipsado) e os paradoxos (alegre/entristecido, silêncio/perturbando).

2. Consciência da transitoriedade da vida:a idéia de que o tempo tudo consome, tudo leva consigo, conduzindo irrevogavelmente à morte, reafirma os ideais de humildade e desvalorização dos bens matérias.

3. Gosto pela grandiosidade: característica comumente expressa com o auxílio de hipérboles, figura que consiste em engrandecer exageradamente algo a que estamos nos referindo:
Suspende o curso, ó Rio (...)
Pois já meu pranto inunda teus escolhos
(Gregório de Mattos)

4. Frases Interrogativas, que refletem dúvidas e incertezas:
Que amor sigo? Que busco? Que desejo?
Que enleio é este vão da fantasia?
(Francisco Rodrigues Lobo)

5. Cultismo: è o jogo de palavras, o estilo trabalhado. Predominam hipérboles, hipérbatos(isto é, alteração da ordem natural das palavras na oração ou das orações no período) e metáforas, como: diamantes significando dentes ou olhos; cristal significando água, orvalho, rio; cravo significando boca etc.

Ofendi-vos, meu deus, é bem verdade,
É verdade, Senhor, que hei delinqüido,
Delinqüido vos tenho e ofendido,
Ofendido vos tem minha maldade.
(Gregório de Mattos)

6. Conceptismo: é jogo de idéias ou conceitos, de conformidade com a técnica de argumentação. É comum o uso de antíteses, paradoxos ou juízos contrários ao senso comum. Enquanto os cultistas dirigiam-se aos sentidos, os conceptistas dirigiam-se á inteligência.

2.2-Principais autores, principais obras

Gregório de Mattos
Com exceção de Gregório de Mattos, nenhum outro escritor se destacou no Barroco brasileiro. O padre Antônio Vieira, embora tenha escrito boa parte de sua obra no Brasil, pertence mais à literatura portuguesa do que à nossa.
Refletindo o dualismo barroco, ora demonstrava a versão que sentia pelo clero, ora relevava em seus poemas uma profunda devoção ás coisas sagradas, ora escrevia versos pornográficos e sensuais.
Cursou leis em Coimbra, época de suas leituras de Gôngora e Quevedo, poetas espanhóis dos quais revela nítidas influências, além de Camões.
Graças à linguagem maliciosa e ferina com que criticava pessoas e instituições da época (não dispensando palavras de baixo calão), recebeu o apelido de Boca do Inferno, tendo de exilar-se por algum tempo em Angola, perseguido pelo filho do governador Antônio da Câmara Coutinho (vítima de suas sátiras).
Sua obra costuma ser dividida em:

Poesia lírico-amorosa:
Ontem quando te vi, meu doce emprego,
Tão perdido fiquei por ti, meu bem,
Que parece este amor nasce, de quem
Por amar-te já vive sem sossego.

Poesia religiosa:
Estou. Senhor, da vossa mão tocado,
E este toque em flagelo desmentido
Era à vossa justiça tão devido,
Quão merecido foi o meu pecado.

Poesia satírica:
Ilustre, e reverendo Frei Lourenço,
Quem vos disse que um burro tão imenso,
Siso em agraz, miolos de pateta
Pode meter-se em réstia de poeta?

A poesia lírico-amorosa de Gregório de Mattos ora celebra o sensualismo africano, ora o erotismo nativista, ora vincula-se à tração do homem diante da divindade e a consciência da fragilidade e da pequenez dos mortais.
Não publicou em vida nenhuma edição de sua obra, o que deixa dúvidas sobre a autencidade de muitos textos a ele atribuídos.
Gregório de Mattos e Guerra nasceu em Salvador (Bahia) em 1633 e morreu em Recife (Pernambuco) em 1695.

Padre Antônio Vieira
Foi o maior pregador do seu tempo, defensor dos negros e dos índios – sobretudo dos índios – e dos cristãos-novos (judeus convertidos). A defesa dos cristãos-novos e sua fidelidade ao rei d.João IV valeram-lhe o ódio da Iquisição. Após a morte do seu protetor, d.João IV, a Inquisição processou-o por opiniões heréticas. Durante algum tempo foi imposto a ele o internamento em uma casa jesuítica e o impedimento de pregar. Anistiado por d.Pedro, regressou ao Brasil em 1681.
Sua obra compreende:
· Obras de profecia:Histórias do futuro; Esperanças de Portugal
· Sermões, entre os quais se destacam: Sermão da sexagésima (sobre a arte de pregar); Sermão pelo Bom sucesso das armas (por ocasião da invasão holandesa, em 1640); Sermão de Santo Antônio( ou Sermão dos peixes, em defesa do índio escravisado.
O Padre Antônio Vieira nasceu em Lisboa (Portugal) em 1608 e morreu em Salvador (Bahia) em 1697.

3-Conclusão

O Período Barroco foi marcado pela força da Igreja exercendo um poder político, social e econômico tornando os elementos da sociedade enfraquecidos, estendeu-se a todas as manifestações culturais e artísticas européias e latino-americanas. O termo Barroco é usado para designar o estilo que, partindo as artes plásticas, teve seu apogeu literário no século XVII, prolongando-se ate meados do século XVIII.
Devido a razoes essencialmente didáticas, costuma se delimitar este movimento, no Brasil, entre 1601 e 1768.

4-Referências Bibliográficas
Português, editora Ática, Maia; João Domingues, 2000.
Enciclopédia Microsoft Encarta

EM TEMPO DE ELEIÇÕES...


QUESTÃO DE HISTÓRIA DA SEMANA


" Na Europa, nos séculos XIV e XV, vemos eclodir e prolongar-se uma crise da sociedade feudal. Não a última. Ainda que o declinar do mundo feudal dure relativamente menos tempo que o do mundo antigo, ocupa, não obstante, também vários séculos (XV -- XVIII), até o momento em que uma nova classe, a burguesia, persegue conscientemente sua destruição e sua substituição."

Charles Parrain

Assinale a alternativa que NÃO apresenta fator ou fatores responsáveis pela crise da sociedade feudal européia.

a) A crescente centralização do poder monárquico nas mãos dos reis, em contrapartida ao poder dos senhores feudais.

b) A retração econômica e a crise demográfica, resultantes da diminuição da produtividade do solo.

c) Os valores cristãos e o sucesso das cruzadas em prolongar e expandir o modelo de sociedade feudal pelo Oriente.

d) uma série de insurreições camponesas, como, por exemplo, Jacqueries, na França.

e) a transformação gradual das relações servis de produção, em relações assalariadas.


Resp.: C

domingo, 24 de agosto de 2008

EM TEMPO DE ELEIÇÕES


QUESTÃO DE HISTÓRIA DA SEMANA


1. (MAPL) O legado das antigas culturas andinas, como a de Chavín, Paracas, Huari, Tiahuanaco e outras, foi o alicerce sobre o qual o império inca desenvolveu uma civilização agrária e teocrática que, apesar de seu poderio e extensão, não conseguiu resistir ao avanço dos conquistadores espanhóis. Sobre a dominação dos povos pré-colombianos responda:

a) Com a proibição, pela Coroa, da escravidão indígena em 1542, nas regiões de mineração de prata, o trabalho escravo africano substituiu a mão-de-obra indígena a partir do final do século XVI.
b) Nas regiões de pecuária e agricultura, como o México e a do Rio da Prata, o sistema de trabalho era a "encomienda". Os índios eram repartidos entre os grandes proprietários e obrigados a trabalharem dois dias por semana em troca de um pequeno salário.
c) Na região de mineração de prata de Potosí e Zacateca, as principais formas de trabalho foram a "mita" e o "cuatequil", uma adaptação da "mita" de origem incaica. As comunidades indígenas sujeitas a este sistema eram obrigadas a fornecer, em regime rotativo, um certo número de trabalhadores para servirem aos proprietários das minas.
d) A instituição da "mita" como regime de trabalho, ao fixar as populações indígenas em suas comunidades de origem, restringindo os deslocamentos constantes do sistema de "encomiendas", contribuiu para preservar a organização social e as tradições culturais dessas populações.
e) Para atender aos interesses econômicos dos colonizadores, que necessitavam do trabalho indígena, a Coroa espanhola não chegou a legislar sobre as relações de trabalho na América, deixando que os proprietários se entendessem livremente com a mão-de-obra indígena.
Resp.: "C"

domingo, 17 de agosto de 2008

O GÊNIO HUMANO...




QUESTÃO DE HISTÓRIA DA SEMANA


Em sua obra O Abolicionismo pernambucano, Joaquim Nabuco afirma:
“Para nós a raça negra é um elemento de considerável importância nacional, estreitamente ligada por infinitas relações orgânicas à nossa constituição, parte integrante do povo brazileiro. Por outro lado, a emancipação não significa tão somente o termo da injustiça de que o escravo é martyr, mas também a eliminação simultânea dos dois typos contrários, e no fundo os mesmos: o escravo e o senhor.”
(NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Edição fac-similar.
Recife. Fundação Joaquim Nabuco. Ed. Massangana. 1988. p. 20)
Em relação à condição do negro na sociedade brasileira, é correto afirmar que:
A) a abolição representou uma perda total da mão-de-obra pelos antigos senhores.
B) o fim da escravidão possibilitou ao negro liberto a integração no mercado de trabalho e o livre acesso à terra.
C) as Sociedades Libertadoras tinham como objetivo principal promover a integração do ex-escravo na sociedade, garantindo-lhe os direitos de cidadania.
D) a diferença entre o processo abolicionista ocorrido nos Estados Unidos da América e o ocorrido no Brasil foi a ausência de preconceito racial em nosso país.
E) o negro livre permaneceu à margem do universo cultural estabelecido por uma sociedade regida pelo branco e continuou sujeito ao preconceito e a novos mecanismos de controle social.


Resp.: "E"

ORDEM DE APRESENTAÇÃO DOS TRABALHOS DE SOCIOLOGIA DO 2º ANO




para os dias 19 e 22/08

1 – ISABELLA, LAÍS, LORENA E NAYARA
2 – MARCEL, MAYARA E TAYLAN
3 – JIMMY E ANDRÉ LUIZ
4 – LORRAYNE, PRISCILLA, ANDRESSA(?) E CYNTIA(?)
5 – MAYARA MACABIRA E MAÍRA
6 – AMANDA, BEATRIZ, JULLYANA, LUCAS E RAISSA.
7 – ALANE, ANA RAFAELA, ERICK, MARINA E PALOMA
8 – DÉBORAH, ILANA, IRENIRA E SORAIA.
9 – BRENO, FELIPE, GUILERME, IVAN E TIAGO
10 – CAROLINA, CLARISSA, FRANCIELLE E LETÍCIA
11 – BÁRBARA, CAROL, FÚLVIO E MATEUS
12 – ALLAN, DANIEL, IAGO, PAULO E PEDRO
13 – INGRID, JÚLIA, MANUELLA, MAYARA PINTO E MICHELLANE
14 – THULIO, JOÃO VICTOR, FÚLVIO(?), RAFAEL E LUAN

sexta-feira, 15 de agosto de 2008

GABARITO DA PROVA DA II UNIDADE(15/08)


GABARITO DA PROVA "A":
01 – E
02 – C
03 – A
04 – C
05 – B
06 – B
07 – B
08 – C
09 – C
10 – A


GABARITODA PROVA "B":
01 – B
02 – A
03 – C
04 – E
05 – E
06 – D
07 – C
08 – A
09 – B
10 – D

segunda-feira, 11 de agosto de 2008

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

TO FICANDO VÉIO - ANIVER DIA 12/08


CHINA


Nome Oficial: República Popular da China

Capital: Pequim

Idioma: mandarim e dialetos regionais

Religião: ateísmo(74%), crenças populares(20%), budismo(6%) e islamismo(2,4%)

Moeda: iuanÁrea total: 9.536.499km²População: 1,2 bilhão de habitantes

Cidades principais: Xangai, Pequim, Tianjin, Shenyang

50 anos de comunismo
Em 1989 estudantes chineses que exigiam mais liberdadeforam violentamente reprimidos pelo exército. Era o sinalde que a democracia não teria vez na terra de Mao Tsé-tung
Donos de uma tradição cultural milenar, os chineses foram dominados pelas potências européias e pelo Japão até o início do século XX. Em 1910 as coisas começaram a mudar. Nacionalistas liderados por Sun Yat-sen promoveram uma rebelião que derrubou a monarquia aliada aos estrangeiros e estabeleceram a República. No entanto, as divergências e rivalidades entre os chefes regionais influenciados pela herança feudal impediram o surgimento de uma república autônoma e moderna e o país se dividiu mais uma vez. Em 1921 nasceu o Partido Comunista Chinês (PCCh) que imediatamente lançou uma campanha militar contra os chefes regionais chamados de "senhores da guerra". Logo depois, eles aliaram-se ao Kuomitang, partido de cunho nacionalista. Mas em 1927 o líder desse partido, general Chiang-Kai-shek, rompe a aliança e massacra milhares de operários comunistas em Xangai. Inicia aí uma guerra civil que se arrastou por 22 anos. Derrotados no sul do país, os comunistas, liderados por Mao Tsé-tung (foto ao lado), começam a Grande Marcha em direção ao norte. Ali organizam uma República Vermelha, resistindo aos ataques do Kuomitang e, ao mesmo tempo, lutando contra a ocupação japonesa que se fez a partir de 1937. Motivados pelo avanço japonês, o Kuomitang e o Partido Comunista são obrigados a um novo acordo para a expulsão dos invasores. Com a rendição japonesa aos aliados no final da Segunda Guerra Mundial termina a aliança entre os dois partidos e reinicia a guerra civil. Os comunistas recebem ajuda da União Soviética e os nacionalista são auxiliados pelos EUA. No dia 1º de outubro de 1949 os comunistas entram em Pequim e proclamam a República Popular da China. Chiang Kai-shek foge para a Ilha de Formosa (Taiwan) e lá instala a República da China que recebe grande apoio americano. O novo governo chinês implanta uma radical reforma agrária, abole os privilégios feudais, torna a educação obrigatória e cria as bases para uma rápida industrialização. Incialmente os chineses seguem as linhas gerais adotadas pela União Soviética, consideradas adequadas a todos os países socialistas. No início da década de 50 a Revolução Chinesa começa a seguir caminhos próprios justificados pelo fato de a China ser de origem camponesa. Em 1958, Mao Tsé-tung lançou um ambicioso projeto denominado "grande salto para a frente". A intenção era formar um parque industrial amplo e diversificado. Para que se tenha uma idéia do significado do novo plano é interessante realizar uma comparação. O relatório do PC chinês em 1956 afirmava: "Devemos em três qüinqüênios ter constituído, em seus aspectos essenciais, um sistema industrial completo". Menos de dois anos após, afirmava: "Recuperaremos em três anos de duro trabalho todo o atraso da China". No ano de 1961 os projetos de industrialização rápida entraram em colapso e, devido a atritos com a União Soviética, foram retirados do país os técnicos soviéticos. Em 1966 começa um período de grande instabilidade política conhecido como Revolução Cultural. Mao Tsé-tung, frente a progressiva perda de controle sobre o Partido Comunista, estimula principlamente os jovens e o exército contra seus adversários internos. A Revolução Cultural foi ao mesmo tempo um extraordinário esforço de transformação ideológica e uma violenta e gigantesca depuração partidária, mexendo com toda a estrutura política do país durante 10 anos. Com a morte de Chu En-lai (ministro das Relações Exteriores) e de Mao Tse-tung, em 1976, inicia um processo de "desmaoização", em que as idéias e os adeptos da Revolução Cultural foram sendo afastados. Deflagrou-se um grande expurgo nos quadros partidários e do governo. A nova liderança do Partido Comunista pôs em prática um novo plano de reorganização política e econômica da China e aprovou uma nova constituição, um novo plano decenal e um novo hino nacional. O desenvolvimento da economia chinesa se acelerou quando o governo comunista decidiu abri-la às nações capitalista. Esse processo de abertura econômica, porém, não trouxe junto uma abertura política como se verificou na Europa. Em 1989, estudantes chineses que exigiam mais liberdade na Praça da Paz Celestial foram violentamente reprimidos pelo exército vermelho. Era um aviso que os ventos de democracia que sopravam pelo mundo não teriam vez na terra de Mao Tsé-tung.

EM TEMPO DE ELEIÇÕES


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

QUESTÃO DE HISTÓRIA DA SEMANA


"O espaço fechado e o calor do clima, a juntar ao número de pessoas que iam no barco, tão cheio que cada um de nós mal tinha espaço para se virar, quase nos sufocavam. Esta situação fazia-nos transpirar muito, e pouco depois o ar ficava impróprio para respirar, com uma série de cheiros repugnantes, e atingia os escravos como uma doença, da qual muitos morriam". Relato do escravo Olaudah Equiano. Apud ILIFFE, J., Os africanos. História dum continente. Lisboa, Terramar, 1999, p. 179. A respeito do tráfico negreiro, é correto afirmar:

a) Foi praticado exclusivamente pelos portugueses que obtiveram o direito de asiento, ou seja, direito ao fornecimento de escravos às plantações tropicais e às minas da América espanhola e anglo-saxã.

b) Tornou-se uma atividade extraordinariamente lucrativa e decisiva no processo de acumulação primitiva de capitais que levou ao surgimento da sociedade industrial.

c) Foi combatido pelos holandeses à época de sua instalação em Pernambuco, o que provocou a revolta da população luso-brasileira em meados do século XVII.

d) Tornou-se alvo de divergências entre dominicanos, que defendiam o tráfico e a escravidão dos africanos, e os jesuítas, contrários tanto ao tráfico quanto à escravidão.

e) O aperfeiçoamento do transporte registrado no século XIX visava diminuir a mortandade dos escravos durante a travessia do Atlântico, atenuava as críticas ao tráfico e ainda ampliava a margem de lucros.


Resposta: B